I Encontro Pedagógico discutiu os "Sinais de violência doméstica e social na vida do educando"

"Sinais de violência doméstica e social na vida do educando" foi o tema do I Encontro Pedagógico, com coordenadores, supervisores e orientadores do ensino fundamental da rede municipal de ensino, realizado pela Secretaria Municipal de Educação, Semed. O evento, nessa terça-feira, 13, aconteceu no auditório da Universidade Aberta do Brasil, UAB.
Organizado pelo setor de Saúde e Prevenção nas Escolas, SPE, e Acompanhamento Escolar, SAE, o encontro promoveu a discussão com o corpo docente para um olhar mais atento aos sinais de violência e uso de drogas para resultar em ações que favoreçam a reflexão do corpo discente em relação à prevenção e combate das situações de risco.
"É um tema que precisávamos abordar para que a equipe pedagógica escolar tenha ainda mais acesso a informações, saiba cada vez mais como agir e identificar atos de violência doméstica, sexual, utilização de entorpecentes, realizar estratégias de prevenção e as formas de ter acesso e parceria junto aos órgãos de proteção à violência e ao abuso à criança e ao adolescente", destacou a secretária adjunta de ensino, Nilcea Martinho.
Além da secretária adjunta de ensino, o evento contou com a participação do promotor de Justiça da Infância, Alenilton Santos; do titular da Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente, DPCA, Fairlano Asevedo; da representante da pastoral diocesana de educação e cultura, Francisca Feitosa; e da coordenadora do Centro de Referência Especializada de Assistência Social, Jucilene Reis.
Para Fairlano Asevedo, da DPCA, "seminários como esses são muito bons e devem acontecer com frequência, para abrir os olhos para essa questão, além de alertar equipes sobre as violências que acontecem, geralmente, dentro de casa, com pais violentos e que são graves e corriqueiros", observou.
O promotor Alenilton Sousa enfatizou um crescimento exponencial da violência, que também está chegando às escolas e que precisa ser combatido. "Ensinar valores é papel da família. A escola, contudo, tem um papel fundamental, mas não pode ser a única. Precisamos trabalhar enquanto rede, de forma organizada, para um enfrentamento à violência e às drogas. É importante a sensibilização de todos, pois cada aluno fora da escola é um agente multiplicador da violência, não apenas para outros alunos, mas para a sociedade", frisou.
Durante todo o dia, palestras com abordagem sobre "Detecção dos sinais de violência sexual e doméstica na vida do educando", "Detecção dos sinais de violência social (álcool, crack e outras drogas)" e "Rede de proteção à Criança e ao Adolescente" foram ministradas por profissionais ligados à Rede de Enfrentamento à Violência.
Com escola situada na Caema, considerado local de alta periculosidade, a gestora da escola São Sebastião, Lucilene Nascimento Silva, ressalta que é um momento importante, pois representa mais um apoio para a equipe pedagógica das escolas. "As nossas crianças estão muito vulneráveis, principalmente nos bairros periféricos, muito expostas a criminalidade. Há casos que não sabemos como agir e aqui vem nos ajudar para resolução desses conflitos". (Sara Ribeiro - Ascom)