Palestra reuniu centenas de estudantes e profissionais da área de saúde

Com o tema "Autismo não se cura, se compreende", foi realizada, no auditório da Unisulma, palestra sobre como identificar e tratar o Transtorno do Espectro Autista, TEA. O encontro foi conduzido pela equipe multiprofissional do Centro de Atenção Psicossocial Infantil, CAPS/IJ, pela fonoaudióloga Sheyla Belchior e o neuropediatra, Saide Vilas Novas. Participaram do evento, estudantes de psicologia, fisioterapia, enfermagem e direito.
"Objetivo é mostrar as principais características da patologia e como funciona a metodologia de tratamento disponibilizada na rede pública", explicou a coordenadora da Rede de Saúde Mental do Município, Maria Aparecida. Na mesa redonda com equipe do CAPS/IJ foi apresentado o trabalho de inclusão desse público no Centro e especificadas a função e atuação dos profissionais da equipe.
Já as palestras trataram sobre uso de medicação, técnicas e protocolos de identificação do autismo. Segundo o neuropediatra, o diagnóstico tardio ainda é o principal empecilho. "Atendemos uma família que foi me agradecer por ter conseguido conviver melhor com o filho, após iniciar o tratamento, pois o diagnóstico só chegou depois de anos", afirmou Saide.
Para o acadêmico de enfermagem Roberto Barros, o momento foi esclarecedor. "Conseguimos perceber que existem novas técnicas para identificação do autismo, o que facilita o diagnóstico precoce, as intervenções e o trabalho com as famílias", declarou. Segundo ele, os protocolos apresentados, associados ao uso de medicamentos, trazem mais qualidade terapêutica.
Para ter acesso ao serviço na rede pública, a comunidade deve procurar o CAPS/IJ, que oferece tratamento com psiquiatra, psicóloga, assistente social, pedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, educador físico, nutricionista, enfermeiro, técnico em enfermagem, cuidador social, oficineira e instrutores de teatro e música. (Maria Almeida)