O Sebrae em parceria com a Tramitty Business to Govermment – especializada em consultoria e capacitação em gestão de projetos para o governo e licitações, realizou ontem (quinta-feira, 21 de julho), o Workshop Governo Compra MPE Vende. O evento, que reuniu 115 empresários de microempresas e pequenas empresas de pequeno porte (MPEs e EPPs) da Região Tocantina, aconteceu no Centro de Convenções da cidade de Imperatriz.
O workshop teve o principal objetivo de orientar e mobilizar as MPEs e EPPs no acesso às compras governamentais, preparando-as para participar de licitações. De acordo com o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Maranhão, Nonato Correa, “a capacitação é importante na medida em que contribui para a implementação da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Lei nº 123/2006, que trata de benefícios para as MPEs e EPPs, incluindo a participação nas compras governamentais, com favorecimento, diferenciação e simplificação no processo”.
No Brasil, cerca de 98% das empresas existentes são microempresas ou empresas de pequeno porte. Elas são a força motriz da economia nacional. “No entanto, poucas são as que sabem se relacionar e ganhar o seu espaço junto aos órgãos públicos, no que se refere à oferta de produtos e serviços. A nossa pretensão ao patrocinar esse evento é desmistificar essa relação e mostrar que as microempresas podem e devem participar das licitações. Com isso, a economia local será dinamizada e fortalecida, numa relação vantajosa a todos os envolvidos no processo de compra e venda”, destacou a gerente de Políticas Públicas do Sebrae Maranhão, Jacqueline Zeittounni.
Na Região Tocantina, onde o Sebrae atua com três Unidades de Negócios – Imperatriz, Açailândia e Balsas, uma boa parte dos municípios já possui sua Lei Geral implementada. “Daí a importância de trazer o workshop para a região. Buscamos, assim, não apenas capacitar, mas mostrar que as MPEs e EPPs podem ter força e até, mais tarde, mudar de categoria, porque ser fornecedor do governo – tanto o estadual quanto o municipal, ajuda as empresas a crescer”, colocou o gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Imperatriz, Danilo Borges.
Mais vantagens – Outros benefícios das compras governamentais foram apontados pela palestrante da Tramitty, Alessandra Andreazzi Péres, que destacou a participação dos empresários de Imperatriz no evento. “Tivemos uma turma excelente, com empresários bastante interessados na pauta do workshop. Estamos percorrendo oito capitais do Norte e Nordeste e vemos que o quão é necessário trabalhar essa temática das compras governamentais. Quem vende para o governo cresce, melhora a sua atuação de mercado, dinamiza o capital. Só o fato de terem organizado a sua documentação técnica, jurídica e fiscal para participar das licitações, as empresas já estão dando um salto e tanto em gestão e podem, inclusive, ter esse diferencial competitivo frente aos seus concorrentes. Vender para o governo é vantajoso, mas o microempresário precisa ter cautela. Alguns órgãos são bons pagadores, mas outros nem tanto”, alertou a especialista em Administração Pública e que há 17 anos atua em projetos junto ao governo.
A preocupação com o pagamento é um dos pontos mais temidos pelos empresários. “A gente vende, mas a licitação não garante o pagamento. Isso nos causa muito receio. Porém, o que estamos vendo nesse treinamento é que existe outras possibilidades. Não podemos ficar limitados apenas ao governo local ou ao município de Imperatriz. Podemos entrar em concorrência em qualquer lugar do país. Isso nos abre um leque de oportunidades bem maior, com maior possibilidade de lucro”, ressaltou a empresária do ramo de autopeças, Maria Cinalete Cortez Brito.
Para o presidente da Associação de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte de Imperatriz (Amicro), Flávio Ferreira, a temática do workshop foi assertiva. “O evento foi muito proveitoso, com uma temática que realmente veio ao encontro das necessidades e aspirações do empresário da região. O sentimento que fica para nós, proprietários de microempresas e empresas de pequeno porte, após esse processo de sensibilização é que o mercado é muito maior do que imaginamos e isso ajuda a estimular o empreendedorismo. Acontecendo isso, todos ganham: o empreendedor, o governo, a cidade, o consumidor”, enfatizou.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14158
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