Por Cândido Madeira (*)
Pela Primeira vez acompanho com razoável interesse o programa Big Brother Brasil.
Baseado na ideia central do Livro 1984, escrito a 75 anos por Eric Artur Blair sob o pseudônimo George Orwell (autor do enigmático “A Revolução dos Bichos”), e formatado pelos holandeses da ENDEMOL (que também detém a plataforma mundial dos The Voice adulto e kid).
O programa parece A CARA DO BRASIL. Inclusive por mostrar, como experimento, “laboratório”, o risco que pode se tornar o indivíduo ANCORAR-SE na condição (e/ou) “espírito” de minorias e nao perceber que a “força”, o manto de proteção daí advindos, pode não resiste a concorrência e disputas que, claro, é FEITA A VIDA REAL.
Quem no BBB19 se EMPODEROU como que sendo oriundo de alguma grupo tido minoritário - negro, mulher frágil, “de comunidade”, com flâmula sexual sempre à mostra ...-
SUCUBIU no jogo por sua absoluta falta de garra.
Muitos que assim agiram passaram o programa parecendo “mobílias”, contemplativos. Não ganharam provas que exigia esforço físico nem de conhecimento. E como choraram ...
A última prova de resistência para escolha do líder foi hilária. A morena “guerreira” (ícone do agrupamento de minorias que se juntaram na casa) sucubiu à loira antes tida por piriguete. Aos prantos perdeu a prova, um carro, indo direto para o paredão e o cadafalso da eliminação ao encargo do público (considerável, haja vistas ter havido cerca de 220 milhões de ligações em apenas 2 dias).
É fato que pertencer a um grupo, seguimento ou mesmo minoria, ajuda forjar no indivíduo o senso de identidade, companheirismo e até proteção. Orisco é que o MANTRA “é preciso que nos amemos sempre, que assim tudo será resolvido” (dito a exaltação por um participante do Programa), relegue toda uma geração a (má) sorte de imaginar que vivemos numa eterna Woodstock (festival de rock realizado em 1969, símbolo da contra cultura) E, que ao fim e ao cabo, tal pertencimento resulte apenas em saudosas memórias, peças de roupas perdidas, lama e bituca de cigarros espalhados.
Ver o Programa me fez relembrar de algo que nossos pais e avós sempre souberam: NAO ADIANTA PROTEGER DEMAIS, ISSO GERA FRAQUEZA QUE UMA HORA SERÁ POSTA A PROVA.
Razão porque acho que cotas, bolsas que dão coisas sem exigir contrapartida ... como política para uma nação, NAO FORTALECE O POVO.
A lição que se pode tirar (bem ao modus Tiago Laffer, mediador do BBB) é que parece ser contra producente substituir a máxima meritória “SIM, EU POSSO” pelo “OLHA AÍ OH, EU MEREÇO” das políticas afirmativas voltadas para as minorias. E que continua atualíssima a advertência do Poeta, ao afirmar: “A vida é combate, que os fracos abate, e aos fortes só há de exaltar”.
(*) Cândido Madeira é Economista, com formação em Gestão Pública, Auditor do TCE-MA e Palestrante.
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