Não tem quem não se emocionou na solenidade de reinauguração da Casa de Passagem na noite da última sexta-feira. Evento que reuniu autoridades, como o prefeito Madeira, os juízes de direito Delvan Tavares (Vara da Infância e da Juventude), Adolfo Pires da Fonseca, Selmira Heluy, Sarah Gama; o promotor da infância João Marcelo Trovão; as secretárias municipais Mirian Reis (Desenvolvimento Social) e Conceição Formiga (Mulher), e a vereadora Fátima Avelino representando a Câmara Municipal.
Também participaram do evento os conselheiros tutelares, agentes da Vara da Infância, membros do Conselho da Infância e o coordenador do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Ariston França.
A Casa de Passagem, que funciona na XV de Novembro (antiga Ciretran), é uma unidade de acolhimento temporário para crianças retiradas do convívio familiar por determinação judicial por terem seus direitos violados em função da violência praticada por familiares ou responsáveis.
Mantida pela Prefeitura por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Social, a casa acolhe atualmente 49 crianças e foi totalmente reformada num trabalho conjunto da Vara da Infância, Ministério Público, Prefeitura e diversos benfeitores. Muitos participaram da solenidade, mas preferiram o anonimato.
Visivelmente emocionado, o prefeito Madeira, ao fazer uso da palavra, disse que “hoje é um dia muito rico e muito feliz; momento de amor à cidade e às crianças, sendo uma das etapas mais importantes da minha administração. As pessoas que colaboraram com esse projeto acreditam que o seu investimento terá retorno garantido, principalmente pelo nosso compromisso com as crianças. Imperatriz dá mais um passo rumo à civilidade, com pessoas capazes de se doar para a transformação da sociedade. Quero agradecer a todos que participaram desse sonho e vamos continuar sonhando.”
Não menos emocionada, Miriam Reis - secretária de Desenvolvimento Social - enfatizou que “Essa casa é fruto de uma grande parceria, nós só temos a agradecer a todos por essa realização. Não temos só o compromisso de reformar uma casa, nosso compromisso também é com as pessoas que serão capacitadas para cuidar das nossas crianças. Meu maior desejo é ver no futuro uma criança que passou pela Casa de Passagem e a ouvir dizer que tem boas lembranças da sua permanência na casa e das pessoas que a acolheram”.
Alvo de muitos elogios por ter sido ele o grande articulador daquels obra, o juiz da Vara da Infância, Delvan Tavares, acentuou que a pretensão com a a reinauguração da Casa de Passagem não se resumia àquele ato. Segundo ele, “a nossa missão vai muito além de uma reforma. Queremos que essa casa seja referência de acolhimento institucional. As pessoas que fizeram as doações acreditaram que nós somos capazes de mudar a realidade. Em especial, quero agradecer a Noélia Oliveira, representante a sociedade civil, pois sem ela esse sonho não seria possível”.
O diretor do Fórum Henrique de La Rocque, Adolfo Pires, ao fazer uso da palavra, destacou o comprometimento do Poder Judiciário local com a sociedade. Destacou, sobretudo, a figura do juiz Delvan Tavares “por ter conseguido realizar esse sonho, que é a reforma da Casa de Passagem. Quero parabenizá-lo pela sua coragem e determinação, e a toda a sociedade pelo apoio nesse projeto”.
Já o promotor da Infância João Marcelo asseverou que “hoje nós temos pessoas aqui que se doaram para além de um servidor público, fazendo um trabalho diferente na reforma da Casa de Passagem, sendo assim um verdadeiro cidadão. Uma sociedade só é constituída se nós abraçarmos a causa que ela realmente precisa”.
Representando a Câmara Municipal, a vereadora Fátima Avelino disse que aquele era o momento histórico, “emocionante, positivo e gratificante. Pudemos ver nas fotos passadas aqui a imagem da Casa de Passagem, antes da reforma, durante e depois. No antes nós vimos a tristeza; no durante, a expectativa e a esperança e no depois a felicidade, a realização de um sonho que vai ficar na história da cidade”, concluiu. (Comunicação)