Domingos Cezar
Gestores, coordenadores, professores e alunos da Escola Municipal Frei Manoel Procópio receberam com muita festa, na tarde da última sexta-feira (21), a última edição do projeto Arte & Cidadania nas Escolas. Uma verdadeira festa com a participação de autoridades e de membros da Academia Imperatrizense de Letras - AIL, parceira do projeto.
Como de praxe, membros do Comissariado de Justiça adentraram as salas de aula onde ministraram palestra alertando os jovens alunos do risco das drogas e da prostituição. Os comissários mostram para os estudantes algumas drogas ilícitas, porém, alertam para que eles nunca se aproximem de qualquer droga, nem para experimentar.
Em seguida, com a presença dos alunos no pátio da escola, o idealizador e coordenador geral do projeto, o poeta/cantador Zeca Tocantins, deu início a programação cultural informando que o projeto, nestes 7 anos de existência já visitou cerca de 100 escolas e doou mais de 10 mil livros. Em tom nostálgico anunciou sua disposição de deixar o projeto.
A coordenadora da escola, professora Ana Selma Santos deu as boas vindas aos integrantes do projeto, falou de sua importância na formação cultural e social dos estudantes, ressaltando esperar "que esse projeto não se acabe, mas que seja apenas uma pequena pausa", disse a professora, que em anos anteriores recebeu o projeto em sua escola.
O primeiro grupo de alunos da escola a se apresentar trouxe o tema: Sustentabilidade - O que eu tenho a ver com isso? - declamando a poesia de autoria do poeta Isaías Gomes de Assis. O filho do saudoso Neném Bragança, Niã Sousa, interpretou a música "Fauna", de autoria de seu pai, que foi homenageado pelo projeto.
A programação cultural contou ainda com as participações de grupos de alunos que declamaram versos e outros apresentaram dança. Os acadêmicos, poetas Itaerço Bezerra e Edmilson Franco, declamaram versos de suas autorias, enquanto o maestro Giovanni Pietrinni, animou a todos com a história do Príncipe, envolvendo os presentes. Zeca Tocantins cantou música de sua autoria.
Cidadania - Como acontece em todas as edições do projeto, o juiz Delvan Tavares, titular da Vara da Infância e Juventude e coordenador de cidadania do projeto, ministrou palestra tendo como referência sua própria vida. "Estudei em escola pública precária, em universidade pública, mas consegui me formar e me tornar um magistrado".
Delvan Tavares afirmou que a mesma coisa pode acontecer com os alunos, "mas desde que vocês estudem muito, respeitem seus pais, professores e a escola". Saudando os membros da AIL, Delvan lembrou que a Escola Frei Manoel Procópio nunca recebeu tantos escritores, que produzem livros e constroem a vida de quem estuda.
O deputado Marco Aurélio Azevedo ao usar a palavra dirigindo-se aos coordenadores disse, "vocês não podem acabar esse importante projeto, temos que encontrar meios de continuá-lo", afirmou Marco Aurélio, complementando: "se a Prefeitura não assumi-lo, garanto que o governo do estado assume".
O presidente da AIL, Luiz Carlos Porto, lembrou que tomava banho de águas límpidas, nas fontinhas, no local em que está situada a escola, disse que trilhou o caminho do estudo, e a exemplo do juiz Delvan Tavares, também foi salvo pelos livros e pela sua dedicação aos estudos. "Portanto, estudar é o bom caminho a ser seguido", aconselhou.
Encerrando a programação, o presidente da Fundação Cultural de Imperatriz - FCI, Lucena Filho, lembrou a origem do projeto idealizado por Zeca Tocantins. Agradeceu os coordenadores Zeca Tocantins e Delvan Tavares, os demais parceiros e observou que o Conservatório de Música, a ser inaugurado, "é fruto desse importante projeto", concluiu Lucena.
Presenças - Da Academia Imperatrizense de Letras - AIL marcaram presenças o presidente Luiz Carlos Porto, o secretário Domingos Cezar Ribeiro, o tesoureiro Itaerço Bezerra e os membros Gilmar Pereira, LivaldoFregona, Edmilson Franco, Arlene Azevedo e Edna Ventura. Da FCI, as presenças dos coordenadores Giovanni Pietrini, Fabrício Barbosa e Axel Carlos Brito.
Comentários