A direção do Hospital Municipal de Imperatriz informou, em nota, que o caso da paciente Francilene Pereira Santigo, abordado de forma imprecisa por setores da imprensa, exige esclarecimentos para melhor compreensão dos fatos.
De acordo com prontuário médico, ela tem histórico de tabagismo e deu entrada no HMI, no dia 05 de fevereiro, com doença arterial periférica crônica, descompensada, e realizou arteriografia dia 08/02.
A paciente apresentou melhora nas dores com uso de analgésicos e recebeu alta hospitalar, sem lesão trófica e encaminhada para revascularização via TFD (Programa Tratamento Fora do Domicilio), no dia 10, para seguimento ambulatorial em tratamento clínico otimizado. Consta que a família optou pela não remoção da paciente para São Luís, como foi recomendado.
No dia 21 de fevereiro, ela retornou ao hospital com piora de dor, evoluindo com lesão trófica grangrena no pé direito e foi sendo submetida a amputação em coxa, devido a sepse, no dia 09 de março.
Segundo a nota, durante o período de internação, a paciente recebeu todo o tratamento que necessitava de acordo com o diagnóstico e quadro, e que no dia em que o procedimento cirúrgico havia sido agendado e não foi realizado, o mesmo não ocorreu devido a paciente não possuir condições clínicas para fazer a cirurgia (estava anêmica).
Vale acrescentar ainda que a amputação foi indicada no dia 02 de março, com procedimento marcado para o dia seguinte, porém ao realizar exames pré-operatórios, observou-se que a paciente estava com anemia aguda, e sem condições a submeter-se a cirurgia. Assim sendo, o procedimento foi remarcado para que Francilene fizesse transfusão de sangue.
Sobre a necessidade de amputação, vale esclarecer que, quando há necrose de qualquer parte do corpo, o risco de infecção generalizada e morte é muito grande, principalmente quando se tem necrose de membros, havendo necessidade, portanto, de retirar a parte necrosada. (Maria Almeida/ASCOM-PMI)
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