A segunda cidade mais populosa do Maranhão é também uma das que registra maior cobertura do 'Bolsa Escola', programa de transferência de renda a famílias carentes para compra de material escolar. Com 253.873 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Imperatriz possui mais de 23 mil estudantes amparados pelo programa social.
Promovido pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), o Programa 'Bolsa Escola' está presente em todos os municípios maranhenses, atendendo a 1,11 milhão de pessoas, 11% a mais de beneficiários do que em 2016, ano do primeiro ciclo do programa.
Voltado para alunos da rede pública com idade entre 4 a 17 anos, o benefício foi reajustado, tendo seu valor unitário elevado de R$ 46 para R$ 51. Com o reajuste, aumentou também o poder de compra dos beneficiários.
Pessoas como a atendente Lucivânia Nascimento, que recebe o Bolsa Escola por três filhos: Vitor Gabriel Costa Lago, 16 anos; Tiago Costa Lago, 15 anos; e Ananda Costa Lago, 10 anos. Todos são moradores de Imperatriz.
"Gostei muito do aumento, foi uma ajuda boa. O saldo do cartão subiu de R$ 138 para R$ 153, então deu para comprar os cadernos todos, os lápis, tudo o que a escola me pediu", disse a beneficiária.
"Antes do Bolsa Escola era um pouco mais difícil, porque são três crianças, então é uma despesa um pouco maior. Mas graças a Deus, com essa ajuda, as coisas ficaram melhores para mim", acrescentou Lucivânia.

Movimentação econômica
Além da contribuição social, o Bolsa Escola tem um papel importante na economia das cidades maranhenses, ao movimentar o fluxo de caixa dos comércios habilitados para a venda de material escolar através do programa.
Para o ano letivo de 2017, foram investidos de R$ 59,2 milhões para a realização do Bolsa Escola em todo o estado, que já conta com 1.413 estabelecimentos credenciados, 69% a mais do que em 2016, na primeira fase do programa.
Somente em Imperatriz, foram aplicados mais de R$ 1,2 milhão, beneficiando comerciantes como Maria José da Conceição, proprietária da Papelaria e Livraria Moraes, para quem o Bolsa Escola tem sido lucrativo desde o ano passado, quando o programa representou 50% das vendas.
"Desde o ano passado já estou cadastrada. Este ano, a gente fez uma publicidade maior e conseguiu ampliar o leque de clientes. Notamos que a procura de beneficiários cresceu bastante, o que foi um aspecto muito positivo. Temos tido um impulso muito significativo nas vendas", relatou Maria José.

Estratégias de venda
Enquanto a proprietária da Papelaria e Livraria Moraes investiu em publicidade, Raimundo Pessoa Coelho, dono do Magazine Papelaria Imperatriz, realizou promoções em sua loja, com o intuito de fidelizar a clientela.
"Diminuímos a nossa margem de lucro para poder ganhar na quantidade, por se tratar de um programa que veio atender ao anseio do pessoal mais carente e, consequentemente, melhorar o desenvolvimento do estabelecimento comercial", disse Raimundo que, só no ano passado, teve crescimento de 30% nas vendas devido ao Bolsa Escola.