O curso de Medicina da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UemaSul) está a um passo de virar realidade. A graduação está em fase de consultoria, realizada por empresa de assessoria de São Paulo com vasta experiência na criação de cursos da área de saúde. As atividades da consultoria, em conjunto com a comissão de implantação do curso, seguem até sexta-feira (15) na região.
Atualmente, a empresa Lafon está com uma equipe em Imperatriz para agenda de reuniões e visitas técnicas. Na equipe, está a consultora técnica Lia Bissoli, enfermeira, doutoranda em saúde coletiva e professora universitária.
"Vamos começar as visitas técnicas de reconhecimento dos campos de estágio onde os estudantes vão aprender e prestar serviços à população. Estaremos mediando também uma série de reuniões com os gestores de saúde, UemaSul e outras instituições para a elaboração do Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde (Coaps)", disse a consultora.
Uma das etapas para a implantação do curso é a criação da matriz curricular, que será feita em consonância com as interfaces da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com quem a reitora da UemaSul, Elizabeth Nunes Fernandes, e a comissão de implantação se reúnem dia 22 deste mês, em Brasília.
Em paralelo, a minuta de lei de criação do Centro de Ciências da Saúde, que sediará o curso de Medicina, será encaminhada para aprovação da Assembleia Legislativa do Maranhão.
O curso de Medicina da UemaSul será um avanço para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde da Região Tocantina. A graduação é parte do Centro de Ciências da Saúde, com criação anunciada pelo governador Flávio Dino em fevereiro deste ano, na solenidade de posse da reitora da universidade.
A implantação do centro e do curso contempla a meta 14 do plano de Governo de Flávio Dino, e fortalece o protagonismo regional e a expansão da UemaSul.
Antes do anúncio, foi organizada uma missão internacional formada por representantes da UemaSul, da Secretaria Estadual de Saúde (SES), da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas (SEEPP) e do gabinete do governador para pesquisa e elaboração do curso.
"De início era necessário ter referências para a criação do curso de Medicina, desde os cursos já implantados na região, as referências nacionais e internacionais", explica Elizabeth Fernandes.
"Neste sentido estivemos em missão oficial do Governo do Estado em conjunto com a OPAS, para conhecermos as experiências da Faculdade de Medicina da Universidade do Novo México em Albuquerque, e da Escola Latino-Americana de Medicina de Havana", detalhou a reitora da UemaSul.
Outra fase para implantar a graduação em Medicina é a construção de um plano de ação transversal que integre as políticas públicas de saúde e a realidade regional com as atividades acadêmicas do curso, visando à utilização de metodologias ativas.
"Nessa etapa estamos fazendo um levantamento das necessidades e potencialidades que os 22 municípios da região têm da rede assistencial, fazendo essa articulação entre ensino e serviço na estruturação do curso", informou Ana Lúcia Nunes, representante da SEEPP na comissão de instalação do curso de Medicina da UemaSul.
Publicado em Cidade na Edição Nº 16152
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