Hemerson Pinto
Só depois de mais de dez minutos a cadeirante conseguiu seguir viagem. Ela aguardava o coletivo em um dos pontos na área central da cidade, mas quando o veículo chegou ela quase ficou para trás. Testemunhas disseram que o motorista do ônibus queria arrancar deixando a passageira.
“Ele queria sair com o ônibus sem levar ela. Então, comecei a fazer as fotos e impedir que ele saísse. Aí ele desceu do ônibus e veio falar pra eu não filmar nem tirar foto. Então, tomei outra iniciativa que foi parar pessoas na rua para ajudá-la. Só assim, depois de muito tempo, conseguimos colocar ela dentro do ônibus. O motorista ainda queria sair antes dela colocar o cinto. Isso mexeu muito comigo”, disse a autora das fotos, que não quis se identificar.
O fato de ser amiga de uma cadeirante contribuiu para que ela se sensibilizasse com a causa da mulher que estava ali e por pouco não foi ignorada pelo condutor do ônibus. A denunciante também critica a falha no elevador do veículo que, segundo a empresa que explora atualmente o transporte público na cidade, pertence a uma frota nova. “Não era para dar problema assim, mas se deu o motorista tinha que dar um jeito e não querer sair e deixar ela pra trás”.
O caso foi apresentado à assessoria jurídica de um dos movimentos que defendem em Imperatriz o direito da pessoa com deficiência. A advogada da entidade afirmou que vai procurar respostas junto à empresa de ônibus. As fotos ainda foram mostradas ao movimento que cobra melhoria no transporte público da cidade.
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