Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) reuniram-se no dia 13, sexta-feira, às 17h30, na sede da instituição, para esclarecer questões como o concurso público (2015) para 1.500 professores da rede estadual de ensino.

A reunião foi solicitada pelo coordenador regional do Sinproesemma, André Santos, que observou muitas dúvidas e a contestação da categoria em relação ao edital, sendo as principais: o concurso do tipo ampla concorrência e não por município; a não abrangência do edital para todos os trabalhadores da educação; o número de 1.500 vagas e não 3 mil, como o governador anunciara.
De acordo com o vice-coordenador da regional do Sinproesemma, Stênio José, o concurso gerou expectativas. “Nós percebemos que Imperatriz e região se agitaram após a divulgação desse edital. Podemos observar uma quantidade de vagas irrisórias, pois as necessidades são bem maiores”.
Stênio José também contesta a diminuição do número de vagas anunciadas, inicialmente, pelo governo do estado e indica os pontos negativos dessa atitude. “Tudo indica que os contratos vão continuar precarizando a já combalida rede pública estadual de ensino, outro ponto é a falta de vagas por regionais. O que existia antes em concursos em que se apontava de maneira bem direcionada a quantidade de vagas por região, não aconteceu nesse concurso. Isso causa preocupação! É de direito do candidato que saiba para onde se vá, logicamente, fazer o concurso e nesse edital não tem isso de forma clara. Outra questão muito preocupante é a ausência de vagas para o pessoal de apoio”, explica o vice-coordenador da instituição.
A insatisfação do edital para Professor do Estado 2015 também é apontada pela categoria. O professor Francinilson Gomes também reconhece que o concurso já era muito esperado, mas esclarece seus pontos divergentes. “Infelizmente o governo estadual não foi satisfatório quando colocou essas vagas não estabelecendo as regionais. Por isso, nós do sindicato somos contrários a esse posicionamento. O governo poderia solucionar o problema da falta de vigilantes, faxineiros e já deveria abrir o concurso, também, para preencher essas vagas, pois todos sabemos que o governo não tem pagado os Auxiliares de Serviços Gerais (ASGS), que já têm mais de 2 meses de salários em atraso e mais de 8 de ticket alimentação.
O vice-coordenador do Sinproesemma rebateu a posição do estado quando o “governo aponta, dentro de suas inúmeras alegações, que a redução de vagas é delimitada pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que estaria sendo ultrapassada a partir do momento em que ocorresse um concurso com 3 mil vagas. Então, isso iria acarretar dificuldades para suprir o pagamento dos servidores da educação. O governo explica, ainda, que as regiões mais longínquas do estado seriam contempladas com esse concurso, a partir do momento do direcionamento feito pela administração desses candidatos para essas regiões. É um edital que causou decepção, essas alegações podem ser rebatidas e é por isso que nós estamos atentos e nos mobilizando diante dessa questão”, enfatiza o professor. (KALYNE CUNHA / Assessoria)