Tudo o que sobrou da loja de materiais para construção

Hemerson Pinto

A polícia investiga o que realmente aconteceu por volta de 22h30 de quarta-feira na Avenida Castelo Branco, bairro Conjunto Vitória, em Imperatriz. O proprietário da loja de materiais para construção, da qual restaram apenas cinzas, acredita que o local pode ter sido invadido por alguém que ateou fogo.
“Eu estava em Davinópolis, onde moro. Minha esposa atendeu ao telefone. Era um vizinho aqui da loja, informando que ouviu o cachorro latir bastante e em seguida viu a fumaça subir. Rapidamente, peguei a caminhonete e cheguei aqui. O Corpo de Bombeiros já estava no local e não tinha mais nada a fazer, a não ser apagar as chamas, pois nada pôde ser retirado do meio do fogo”, conta o proprietário da loja, identificando-se como Wilson.
Além de ter a mercadoria destruída pelas chamas, o empresário, que é o dono do imóvel, viu restar do prédio apenas as paredes, comprometidas, o portão e uma mesa. As colunas e uma laje construídas há menos de duas semanas para ampliar o empreendimento não foram atingidas. O teto do salão de atendimento desabou e dos caibros e ripas ainda saía fumaça no início da manhã.
“Foi o que sobrou, além do depósito ao lado, onde tenho madeiras e canos. Foi só isso”, lamentou. O prejuízo ficou em torno de 80 mil reais, somando apenas a mercadoria, computadores e outros componentes do escritório. “Sem nem falar no valor do imóvel”, diz seu Wilson.
Sobre a sala onde funcionava o escritório da empresa, único espaço não atingido, os indícios que fazem a polícia e o empresário acreditarem que a loja foi invadida por alguém que teria provocado o incêndio. As telhas retiradas do local, ripas cerradas, forro cortado. Ao lado do buraco, o suposto invasor esqueceu ou deixou de propósito uma lâmina de corte, das usadas em serviços de carpintaria.
“Acredito que alguém entrou para furtar, saiu levando o que pode, e para não deixar pistas colocou fogo. Só posso acreditar nisso”, conta o dono da loja. 
A única ‘testemunha’ de tudo o que aconteceu foi o cachorro que o vizinho ouviu latir antes de observar a fumaça. Segundo o dono da empresa, o animal é deixado solto todas as noites na área ao lado, por onde o suposto invasor teve acesso. O empresário afirma que ao chegar no local encontrou o cão amarrado e dentro de uma jaula de madeira, onde fica durante todo o dia.
As câmeras de vigilância que poderiam ter registrado a presença de alguém dentro do prédio também foram consumidas pelo incêndio.