Por Ricardo Becker

O que esperar dos líderes evangélicos no Congresso, Assembleias e nas cidades?

As ideias são iguais na hora da ação? Um ensaio sobre a pluralidade entre evangélicos. O comportamento que se espera diante de temas atuais e polêmicos

Em 2010 o censo demográfico já apontava 42,3 milhões de cristãos evangélicos. Agora, o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirma que nos próximos anos o Brasil terá a maioria de sua população se declarando evangélica. Esse crescimento do número de templos e fiéis, em ritmo acelerado, foi seguido pelo fortalecimento político das instituições vinculadas a essas vertentes religiosas. Hoje, existe uma realidade falada junto à Câmara dos Deputados, Assembleias e Municípios em todos os estados da federação, ela avança propondo metas, Frente Parlamentar Evangélica (FPE). Até onde a união faz força e glorifica o nome do Senhor? A atuação dessa bancada evangélica, digo de uma forma geral, vem se notabilizando pela defesa de posições conservadoras. Temas como a legalização das drogas, aborto, além da discussão sobre direitos LGBTI, enfrentam forte rejeição nesse grupo, por outro lado, suas alianças derrubam a premissa do conservadorismo, como por exemplo, a aliança política de pastores com partidos ditos comunistas, o que dizer? Por atitudes como estas, imagina-se que a população evangélica reflita a ponto de não concordar com esse modelo de aliança.
O modelo de política que impera no estado e mais especialmente falando no Sul do estado, pelo ponto de vista da representação institucional, prevalece um conservadorismo comportamental que impressiona, associado a movimentações de interesses particulares criando na cabeça de quem não é evangélico um desejo de distanciar-se de Deus, em termos de base, pensamentos e ações, torna-se diante disso algo difuso e complexo, nos levando a perguntas reflexivas sobre de que forma estes líderes estão pastoreando este imenso rebanho. Existem exemplos aqui no Sul do Maranhão, como por exemplo, Pastor Cavalcante, da COMADESMA, não escondeu seu apoio aos comunistas (Deus e o Comunismo tudo a ver!) que hoje estão no poder em Açailândia, que por sinal, desde que estes chegaram no poder da cidade rebaixaram-na economicamente da terceira economia do estado, passando pala décima segunda e agora reagindo em alguns itens que pontuam as economias, colocando-a entre as oitos cidades do estado economicamente ativas. Pastor Alex (vice-prefeito de Imperatriz), que até pouco tempo tinha privilégios no governo Assis Ramos e misteriosamente foi visto flertando apoios a algumas lideranças do estado, aportando seu apoio a Eduardo Bride, pergunto: por quê? Minha experiência e senso de observação política me diz que esse conservadorismo tão gritado por nós evangélicos é dúbio e esbarra em uma coisa falada na palavra de Deus pelo Rei Salomão, “vaidade, tudo é vaidade”, e eu trago esse versículo e coloco minha essência, “vaidade pessoal na busca da glória pessoal, colocando Deus virtualmente como o maior, mas verdadeiramente em segundo plano”. Estes exemplos são apenas para ilustrar o grande apego às glórias do mundo travestidas de boas-intensões cristãs. A realidade está aí, basta olharmos sem deixar ninguém vendar nossos olhos, existem vários exemplos, assim como vários foram os fracassos desses apoios sem o consentimento de Deus.
Afinal, o que pensam esses evangélicos quando no momento das alianças (segundo nossa premissa, aliança é aliança)? Cadê o conservadorismo tão pregado por estes sacerdotes de Deus? Ser evangélico de uma maneira geral, diante de tantas fracassadas alianças, não nos fez ser vistos como diferentes, mas iguais aos que estão lá, ou seja, os que não professam da mesma fé? Os temas que passeiam pelas políticas são muitos, controversos e cheios de apologias de interesses pessoais. A Palavra de Deus é clara diante destes. Se Deus diz “honre as autoridades”, por que muitos desta chamada bancada ajudaram a tirar a autoridade máxima do país (Dilma Rousseff). Exemplos de cassação são muitos em nosso estado, o que diga a efêmera política de Açailândia, criminalidade (legalização e regulamentação das drogas, entre outros assuntos), direitos LGBTI (o que a palavra diz?), política de drogas e tantos outros assuntos.
A conclusão que chego é, a teoria política no que tange ser ou não evangélica pode aumentar, mas as práticas precisam urgentemente ser diferentes às aplicadas ao longo de nossa história. Da política e destes políticos nós evangélicos esperamos celeridade, entendimento de suas funções e prerrogativas, no que fazer e realizar, entender seu significado nesta imensa e falida máxima política e definitivamente não estar e nem fazer conchavos onde os interesses pessoais têm sido o termômetro. Diante disso, comparo um Político a um Pastor Evangélico, gostar de gente, valor máximo que constrói a personalidade de um político pastor. Simples assim!