Responsável pela convocação das audiências públicas para debater o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), o secretário municipal de Infraestrutura, engenheiro Roberto Alencar, informou que, por orientação do prefeito Sebastião Madeira e sugestão da sociedade civil organizada, também serão realizadas audiências públicas nos bairros.
A ideia, segundo o secretário, é levar o debate ao maior número possível de pessoas e colher sugestões para a elaboração da lei que norteará as diretrizes da política de saneamento básico de Imperatriz para os próximos 30 anos. Sem o plano, os municípios brasileiros ficarão impedidos de receber recursos do Governo Federal para investimento nesse setor.
Ontem, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com a presença de autoridades municipais, ambientalistas, professores, estudantes, servidores da concessionária de serviço de água e esgoto e do movimento Água para Todos, foi realizada a segunda audiência pública, onde mais uma vez a empresa contratada pela Prefeitura para a elaboração do PMSB apresentou o diagnóstico e os prognósticos da situação da cidade no que se refere ao saneamento básico.
O conteúdo da audiência foi o mesmo da anterior. O diferencial foram os debates mais acirrados em torno do tema que a cada dia ganha os principais fóruns de discussão da cidade: a situação presente e futura da cidade, principalmente do abastecimento d’água, a cada dia mais precário. A sociedade civil se organiza e tem participado das audiências. A intenção é participar e colaborar com a feitura do que será a Lei Municipal de Saneamento Básico.
A empresa contratada pela Prefeitura para elaboração do plano de saneamento detectou uma série de problemas na estrutura de água e esgoto da cidade. Uma estrutura, segundo o economista Robson Saraiva, responsável técnico pela empresa, que nas condições de hoje não atende adequadamente às necessidades de Imperatriz.
O plano não evidencia só os problemas, mas aponta os rumos (prognósticos) que a cidade poderia seguir para resolver a situação da água e do esgoto em Imperatriz. A cidade, conforme os levantamentos feitos pela empresa, só trata, precariamente, 24% do esgoto. O restante é lançado sem qualquer tipo de tratamento nos riachos e no rio Tocantins.
Os estudos realizados apontam para um investimento, em 30 anos, de quase meio bilhão de reais para se resolver o problema de água e esgoto de Imperatriz. “Estamos, nesse primeiro momento, debatendo com a sociedade o plano, depois avançaremos na discussão sobre como enfrentaremos essa situação que a cada dia só se agrava”, disse ontem o secretário Roberto Alencar no encerramento da audiência.
Debates setorizados - O secretário de Infraestrutura, Roberto Alencar, informou que o Plano Municipal de Saneamento Básico não será apresentado e debatido apenas nas audiências obrigatórias. Segundo ele, por iniciativa do próprio prefeito, a apresentação também começou a ser feita de forma setorizada. Esta semana, na terça-feira, foi apresentado a um grupo de médicos na Associação Médica. Na quarta, o PMSB foi apresentado na Associação Comercial e Industrial de Imperatriz.
“Iremos onde for possível para ampliar esse debate para que no final possamos encontrar uma saída para o que vivemos hoje”, concluiu o secretário. (Domingos Cezar - Ascom)
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