Auditório da Catedral de Fátima: palco do seminário ambiental

Domingos Cezar

Os problemas ambientais que assolam o mundo vêm atraindo a atenção das autoridades, dos ambientalistas, cientistas e até mesmo da Igreja Católica, por intermédio do Papa Francisco, o qual, na Encíclica Ecológica, ele conclama aos cristãos, católicos ou não, para a gravidade do problema.
Na região amazônica as mudanças climáticas aconteceram de forma abrupta. O rio Tocantins secou tanto, como nunca acontecera antes. Procissão de pessoas acorria para o cais do porto no período de setembro a novembro do ano passado, para acompanhar o fenômeno jamais visto pela população.
Baseado nessa problemática, a Diocese de Imperatriz vai participar da abertura do seminário sobre os desafios ambientais na Amazônia, a partir da Encíclica Ecológica do Papa Francisco. O evento ambiental é promovido pela Rede Eclesial Panamazônica (REPAM), que vem ampliando esse debate na Amazônia.
A informação é do Padre Francisco Lima Soares, Administrador Diocesano da Diocese de Imperatriz, que enviou convite para as pastorais sociais, movimentos, novas comunidades e ONGs, inclusive a Fundação Rio Tocantins - Memorial do Pescador. O seminário acontecerá no próximo dia 10 de fevereiro, às 19h30, no auditório da Igreja de Fátima.
Láudano Sí - "Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?". Esta pergunta é o âmago da Láudano Sí, a aguardada Encíclica ecológica do Papa Francisco.
O nome foi inspirado na invocação de São Francisco. "Louvado sejas, meu Senhor", que no Cântico das Criaturas recorda que a terra "se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma mãe, que nos acolhe nos seus braços". Agora, esta terra maltratada e saqueada se lamenta e os seus gemidos se unem aos de todos os abandonados do mundo.
No decorrer de seis capítulos, o Papa convida a ouvir esses gemidos, exortando todas as pessoas a uma "conversão ecológica", a "mudar de rumo", assumindo a responsabilidade de um compromisso para o "cuidado da casa comum".
O Pontífice se dirige certamente aos católicos, aos cristãos de outras confissões, mas não só: quer entrar em diálogo com todos, como instrumento para enfrentar e resolver os problemas.