Com a decisão do prefeito Sebastião Madeira de liberar o pagamento que se encontrava retido por ausência ao trabalho, o número de grevistas caiu e muito. Ontem, o secretário Zesiel Ribeiro afirmou que mais de 70% das escolas funcionam em sua plenitude e em menos de 30% das escolas, faltava um ou outro professor, mas funcionavam. “O objetivo agora é recuperar os dias e repor as aulas, para que os alunos não fiquem no prejuízo”, ensejou.
No começo de julho, menos de 30% da categoria insistia na greve. De um lado, a decisão do município em não conceder aumento sob a argumentação de ser impossível, “vez que as finanças municipais não suportariam”, e de outro, a insistência de parte do grupo no aumento salarial. Verdade que em nenhum momento foi conseguida a adesão plena dos professores, com a maioria se recusando a quebrar a normalidade do calendário escolar e causar prejuízo aos alunos.
Inicialmente, o prefeito determinou a suspensão do pagamento dos salários do mês de junho: “Quem não trabalha não deve receber. É uma ofensa a quem foi trabalhar”. Depois, num gesto de diálogo, Madeira propôs a liberação dos salários mediante o compromisso do retorno à sala de aula e reposição das aulas. A proposta foi largamente aceita. No final da semana, antes que uma liminar liberando os salários fosse concedida, Madeira, em virtude do baixo número de grevistas que estavam sem receber, determinou a liberação do pagamento. Na tarde de ontem, o secretário Zesiel afirmou que apenas doze por cento do quadro docente permaneciam em greve.
Madeira: “Postura do município é de respeito ao profissional”
Ao lembrar que as dificuldades que se impuseram sobre a reivindicação são visíveis, “os repasses não acompanharam a estimativa dos recursos e o governo federal em 2012 e 2013 sempre fez o envio abaixo do planejado”. Isso tem gerado dificuldades, mas ainda assim, o município de Imperatriz tem garantido ao professor uma postura de respeito. Um exemplo pode ser visto quando comparado com o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica estipulado pelo Ministério da Educação (MEC), que é de R$ 1,697 para quarenta horas semanais. Aqui, em Imperatriz, o município paga como salário inicial por metade das horas (vinte) trabalhadas, R$ 1.118,06. A esse valor é acrescido o vale-alimentação no valor de R$ 190, 80.
Vale destacar ainda que a preocupação com um ensino de melhor qualidade aumentou os gastos na área para além do estabelecido. Enquanto a lei estabelece que dos cem por cento dos recursos do FUNDEB, sessenta por cento devam ser gastos com o pagamento dos salários, o município de Imperatriz já está gastando mais de setenta por cento. (Assessoria)
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