Elisângela Conceição, coordenadora do Procon
Irmã Claudete Carvalho

Geovana Carvalho

Preços de mensalidades, métodos pedagógicos, estrutura física e valores em atraso. Esses são alguns itens que compõem a pauta de negociações entre pais e direção de escolas particulares nessa época do ano.
A coordenadora do Procon em Imperatriz, Elisângela Conceição Silva, adverte aos pais de alunos que tomem alguns cuidados antes de renovar contrato ou optar por uma nova escola para os filhos. Segundo ela, observar a estrutura da escola, a metodologia pedagógica adotada e até mesmo a lista de material exigida pode evitar futuros problemas. Elisângela Conceição chama a atenção para o fato de muitas escolas cobrarem em suas listas material de consumo como papel higiênico e detergentes, nesses casos a lista é considerada abusiva. “Os materiais a serem consumidos pela escola (limpeza e expediente) são de responsabilidade dela, os pais não têm de arcar com esses custos. Mas o material para uso específico do aluno (como creme dental, escova, sabonete – usados nas aulas de higiene pessoal) são comprados pelos pais”. Elisângela Conceição alerta ainda que os pais não são obrigados a comprar o fardamento do filho nas escolas. “Eles têm o direito de pechinchar, ninguém pode ser obrigado a comprar a farda na própria escola”.
O Procon aconselha aos inadimplentes que procurem negociar com a direção, evitando assim que seja emitida a transferência do aluno. “A escola não é obrigada a renovar contrato com quem está em débito”, diz a coordenadora Elisângela Conceição.
A secretária de uma escola particular, Irmã Claudete Carvalho, diz que os casos de inadimplência chegam a 20%. Segundo ela, esse índice em anos anteriores já chegou a 50%, porém os pais que buscam negociar podem receber um bom desconto. “Conversamos com os pais e podemos até dispensar os juros e fazer abatimento no débito, a dívida pode se reduzida em até 50%”, diz.