Geovana Carvalho
“Já chegaram a acontecer casos de ambulâncias e táxis deixarem corpos nas funerárias. Queremos acabar com isso”. O relato de Irene Martins, presidente da Associação das Empresas Funerárias de Imperatriz (ASEFIMP), diz respeito a denúncias de que funcionários de hospitais estariam “agenciando clientes” com atravessadores - pessoas que abordam os familiares de falecidos oferecendo serviços funerários.
Segundo denúncias feitas à ASEFIMP, funcionários de hospitais e de clínicas da cidade estariam incumbidos de ligar para donos de funerárias sobre mortes ocorridas nesses estabelecimentos, impedindo aos familiares do falecido de optar livremente por uma empresa.
O proprietário de empresa funerária e tesoureiro da associação, Josué de Assis, alega que a concorrência é desleal e a prática prejudica tanto as funerárias quanto a quem precisa dos serviços. Ele diz ainda que ex-proprietários de funerárias que foram fechadas pela vigilância sanitária também estariam se beneficiando com o comércio paralelo de ligações de funcionários. “Há pessoas que possuem o CNPJ [das empresas fechadas], mas não têm mais a estrutura, e recebem as ligações dos “vendedores”. Estes, por sua vez, ligam para os donos de funerária e assim ganham comissão”, comenta.
Irene Martins ressalta que para combater essa prática – que, segundo ela, há mais de cinco anos acontece na cidade – os donos de empresas funerárias se organizaram em torno de um associação, criada no último mês de agosto. A proposta da associação é que os clientes se dirijam à ASEFIMP e recebam todas as informações sobre preços e condições oferecidas por cada funerária.
O Jornal O PROGRESSO procurou o Sindsaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Imperatriz) para comentar sobre as denúncias, mas ninguém se pronunciou.
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