Domingos Cezar
Sob a liderança do presidente da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), Antonio Mariano Lucena Filho, estiveram reunidos os delegados que representarão o município de Imperatriz no II Fórum Estadual de Cultura, que acontece no próximo dia 17, na capital do estado. Nesta segunda-feira (14), o grupo volta a se reunir, às 17h, no Teatro Ferreira Gullar, para tratar sobre as estratégias a serem apresentadas durante a votação de escolha dos membros do Conselho Estadual de Cultura.
Isso porque a cidade de Imperatriz, mesmo sendo a segunda maior do estado, em todos os aspectos, mas, principalmente, quando se trata de cultura, não tem sequer um representante no Conselho Estadual de Cultura. Com isso, as políticas públicas para esta área que deveriam servir a comunidade artística e cultural do município, estão restritas apenas para o município de São Luís e poucas cidades vizinhas da capital do estado, que embolsa quase todos os recursos.
Na reunião realizada na tarde da última quinta-feira (10), ficou definido que a delegação composta por 17 pessoas sairá da frente do prédio da Fundação Cultural de Imperatriz, localizada nas confluências das Ruas Luís Domingues e Simplício Moreira, às 6h, em ônibus especial. Eles ficarão alojados na Colônia de Férias, no Araçagy, local gentilmente cedido pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Maranhão, Pará e Tocantins (Stefem), Eduardo Pinto.
No início da noite de quinta-feira, líderes do Movimento Cultural de Imperatriz (MCI) reuniram-se na sede da Academia Imperatrizense de Letras para avaliar a pauta de reivindicações sobre políticas públicas culturais que será entregue à governadora Roseana Sarney. Liderados pelo ativista cultural João Marcelo Trovão, o grupo decidiu – por unanimidade – que não mais levará o documento para São Luís, como foi decidido anteriormente. “Nós vamos entregar pessoalmente à governadora quando esta visitar Imperatriz”, afirmou Marcelo Trovão.
Pauta de reivindicações do MCI - De comum acordo com seus líderes, o Movimento Cultural cobra a transformação da área abandonada da antiga estação de tratamento de água da CAEMA num grande centro cultural do Governo do Estado preservando-se as características arquitetônicas e históricas do prédio, para que lá funcione teatro para 500 pessoas, sala de cinema, galeria de arte, biblioteca, oficinas de artes, espaço para apresentações diversas, amplo estacionamento, dentre outros aspectos.
Solicita ainda, a vinda, pelo menos uma vez por mês, do secretário de Cultura a Imperatriz para ciência e acompanhamento das demandas locais, estabelecendo “contato direto” com a Administração; Discussão, elaboração e patrocínio de calendário permanente de eventos importantes nesta cidade, como, a título de exemplo, Feira do Livro. O Movimento Cultural de Imperatriz sugere também a discussão, elaboração e patrocínio de agenda anual de projetos a serem executados no ano subsequente e comprometimento de percentual, na faixa de 25%, do orçamento da Secretaria de Estado da Cultura para financiamento do calendário permanente de eventos e da agenda anual dos citados projetos.
Os líderes do MCI observam que um manifesto foi lançado para a sociedade, que abraçou a causa defendida pelos artistas, intelectuais, estudantes e todos os que fazem parte do movimento. Lembra, ainda, que a reivindicação do prédio já foi avaliada pela Câmara Municipal de Imperatriz que aprovou – por unanimidade – projeto de indicação do vereador Luis Gonçalves, o Pastor Luis Gonçalves (PDT), que solicita o prédio da Caema para ali implantar um grande centro cultural.
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