Com a finalidade de conscientizar e mobilizar as famílias em torno do grave problema em que se encontram vivendo em área de risco e para definir uma estratégica de remoção e estabelecimento de datas para o remanejamento das famílias, a Superintendência Municipal de Defesa Civil realizou ontem (04), no auditório da Universidade Aberta do Brasil, uma reunião junto às famílias envolvidas do bairro Caema e com a presença dos demais órgãos: Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), Promotoria Pública e Defensoria.
Os principais pontos destacados durante a reunião pelo superintendente da Defesa Civil, Francisco das Chagas Silva, foram: o local de instalação das famílias, disponibilizado pela Prefeitura através de aluguel social desde o dia 27 de novembro de 2014; a data de remoção das famílias e a adesão ao programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), uma vez que o programa destinou 300 unidades para moradores de área de risco.
O superintendente destacou que das 22 famílias do relatório inicial feito pela Defesa Civil e pela assistente social que acompanhou as visitas ao local conhecido como cratera, 9 ainda não fizeram dossiê do PMCMV, 7 providenciaram a adesão ao programa e 6 já foram contempladas pelo Programa de Aceleração do Crescimento - PAC.
"Na realidade, não são mais 22 famílias, 6 famílias estão no PAC, inclusive até assinaram o termo de demolição; restam 16 que ainda estão nessa problemática. Por isso, nós, enquanto poder público, estamos com toda essa demanda não é porque queremos tirá-los a todo custo dali, mas porque estamos nos aproximando do período das chuvas e não sabemos qual será a proporção. Aquele local não é mais adequado e não é seguro essas famílias permanecerem ali", esclareceu Francisco.
Ele argumentou ainda que está somente realizando seu trabalho. "Cabe a nós realizarmos as medidas preventivas e isso muitas pessoas não querem compreender, mas precisam ter consciência que precisamos salvaguardar a vida de todos", reforçou.
O promotor de Justiça Jadilson Cirqueira reforçou a fala do superintendente da Defesa Civil, declarando que o poder público realmente precisa tomar as medidas cabíveis agindo com poder de polícia, se for o caso. "Gostaria de dizer que o poder público tem o poder de polícia para agir nessas situações. A atitude da Sedes com a disponibilidade do aluguel social já demonstra boa vontade do poder público em ajudar. É uma medida até que recebam as casas do PMCMV", disse Jadilson. Contudo, mesmo após os debates, os moradores que ainda não aderiram ao PMCMV se recusam a sair do local insalubre, afirmando que não irão sair das suas casas para pagar aluguel, mesmo que o valor das prestações do imóvel seja baixo.
Mesmo assim, ficou decido, ao final da reunião, que na segunda-feira (08), às 9h, em frente à igreja católica, a Sedes enviará um ônibus para levar as pessoas aos empreendimentos Canto da Serra e Sebastião Regis para conhecer a estrutura do programa habitacional. E, no período de 10 a 12 de dezembro, a Defesa Civil encaminhará os caminhões para a realização das mudanças das famílias ao residencial alugado pela Prefeitura, que fica localizado na Rua Projetada, 330, bairro Santa Rita. (ASCOM)
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