A Superintendência Municipal de Defesa Civil acatou no último final de semana determinação do Ministério Público (MP), onde autorizou que todas as bancas utilizadas por vendedores de bebida alcoólica fossem retiradas do passeio que circulam os dois lagos da Beira-Rio, local de caminhada de dezenas de praticantes dessa atividade.
Há cerca de três semanas servidores da Defesa Civil começaram a visitar todos os proprietários das citadas bancas, orientando-os a deixarem o local, pois o Ministério Público havia proibido a comercialização de bebidas alcoólicas na Beira-Rio, bem como fossem retiradas mesas e cadeiras do passeio público.
Os vendedores assinaram um documento se comprometendo a abandonar o logradouro, mas não cumpriram com a palavra. Logo que os servidores deixavam o local, eles tomavam de conta instalando mesas e cadeiras impedindo a passagem das pessoas que costumam passear no final da tarde para apreciar as belezas do pôr do sol no rio Tocantins.
Como a ordem do Ministério Público não estava sendo atendida por parte dos vendedores, o superintendente municipal de Defesa Civil, Francisco das Chagas Silva, o Chico do Planalto, não teve outra alternativa a não ser autorizar que mesas e cadeiras fossem retiradas do local impedindo a comercialização de bebida alcoólica.
Outra determinação do Ministério Público atendida pela Defesa Civil é a não permanência de sons automotivos na Beira-Rio. Isso porque a maioria desses veículos, dotados de sons estridentes, causava insatisfação das pessoas que caminham por aquele logradouro. Além do mais, seus proprietários também faziam uso de bebida alcoólica.
A iniciativa agradou a todas as pessoas que caminham por toda a extensão da Beira-Rio. O autônomo Raimundo Nonato Santos, 54, que caminha diariamente, disse que ação nesse sentido já deveria ter acontecido há muito tempo. "Nós não podíamos caminhar pelo passeio porque era tomado de mesas e cadeiras dos vendedores", afirmou.
Foi a melhor atitude que a prefeitura tomou no meu ponto de vista, porque os vendedores não permitiam nossa passagem, pois tomavam todo o espaço", afirmou Maria de Nazaré Silva, 44, que também pratica caminhada. "Esses carros com suas aparelhagens de som não havia quem aguentasse", disse a dona de casa, elogiando a ação da Defesa Civil. (Domingos Cezar/ASCOM)