A forte chuva que caiu na cidade de Imperatriz na madrugada de terça-feira (10) para quarta-feira (11) atingiu vários pontos da cidade, tanto no centro quanto nos bairros. Em razão disso, muitas ruas e casas ficaram alagadas, fazendo com que o asfalto de algumas ruas cedesse e crateras fossem abertas.
Relatório da Superintendência Municipal da Defesa Civil informa que dados coletados pela estação hidrológica, bem como a medição da régua telemétrica de Imperatriz, demonstram que a concentração do volume de chuva ocorreu entre 4:15 a 6:15, registrando alto índice pluviométrico, com grande volume de água em pouco espaço de tempo, totalizando um volume de 82,80ml.
Diante do fato imprevisível, a Superintendência Municipal de Defesa Civil, consciente da sua missão de socorrer as comunidades atingidas, a fim de minimizar as situações de adversidades em que se encontravam, realizou nas primeiras horas do dia (11) o mapeamento e reconhecimento das áreas afetadas pelo impacto do volume de águas da referida chuva.
Durante o trabalho de averiguação, constatou-se que os bairros mais prejudicados foram os que são cortados pelos riachos Capivara, Santa Tereza e Bacuri, como a região da Grande Cafeteira, Vila Redenção II e o Grande Bacuri.
Os pontos mais críticos foram: Avenida JK, no bairro Santa Rita, nas proximidades do riacho Capivara; na Rua Alagoas, entre a Rui Barbosa e Gonçalves Dias, entre outros bairros. A situação mais agravante constatada na cidade está localizada na Rua Amazonas com Floriano Peixoto, no Riacho Santa Tereza, onde a galeria e uma casa parcialmente desmoronaram. A equipe da Defesa Civil foi deslocada até o local, onde efetuou o trabalho de prevenção, isolando e sinalizando todo o perímetro afetado.
Com o mapeamento efetuado pela Defesa Civil, as equipes de manutenção da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SINFRA) trabalham na recuperação dos trechos mais críticos. Também foi intensificada a operação tapa-buracos.
Trabalho contínuo - Ainda nessa sexta-feira, dia 13, a equipe da Defesa Civil continuou desenvolvendo o trabalho de identificação das áreas atingidas pelo grande volume de água das chuvas que caíram em Imperatriz no início da semana.
De acordo com o superintendente da Defesa Civil em Imperatriz, Francisco das Chagas Silva, nesta operação busca-se também identificar os fatores preponderantes e agravantes, onde se constata que a principal consequência indesejada é a falta de controle de escoamento de água comumente vista pela ocupação das margens dos córregos e riachos por resíduos domésticos, de construção civil e outros lançados sobre os mesmos, ocupando em parte a drenagem das águas pluviais e de certa forma desviando o curso d'água.
"Com isso, a nossa bacia hidrográfica nas situações de precipitações mais volumosas não consegue conter o volume adicional de água potencializando cheias, enchentes e alagamentos, atingindo as pessoas que eventualmente moram ou ocupam estas áreas caracterizadas como áreas de risco".
Alerta - A Superintendência da Defesa Civil ressalta ainda que o risco de erosão nas margens dos riachos e grotas é fato. Nestes locais, como outros em risco, o depósito de lixo é muito comum, onde os habitantes dessas áreas têm a falsa ideia de que o entulho/aterro pode impedir o avanço da erosão. "Isso só é possível diante de técnicas bem planejadas e materiais adequados, caso contrário, o processo tende a aumentar. Portanto, vale aqui conscientizar as comunidades a não fazerem uso de tais irregularidades, evitando futuros transtornos", alerta o superintendente.
Ribeirinhos - A Superintendência da Defesa Civil informa ainda que o recadastramento das famílias ribeirinhas está programado para a próxima semana, abrangendo as seguintes áreas: bairros Beira-Rio, Caema, Curtume e Vila Leandra, bem como estão sendo estudados e analisados os locais de abrigos para acomodar os ribeirinhos em caso de situação de emergência ou calamidade. [ASCOM]