A superintendência municipal de Proteção e Defesa Civil recebeu, por meio de ofício, comunicado sobre a redução da vazão defluente mínima da usina hidrelétrica de Estreito. O aviso foi dado pelo gerente geral João Rezek Júnior, do Ceste.
Ele solicitou providências para adoção de medidas necessárias para a prática do patamar de vazão mínima de 744 metros cúbicos, bem como a ampla divulgação junto às comunidades ribeirinhas e demais usos múltiplos do rio Tocantins.
O superintendente Francisco das Chagas Silva (Defesa Civil), o Chico do Planalto, diz que o nível do rio se encontra com 1,90 metro abaixo de zero, podendo chegar aos 2,5 metros abaixo de zero, configurando o nível mais baixo de todos os tempos.
"Os barcos de linha estão impossibilitados de trafegarem pelo fato da vazão da hidrelétrica de Estreito já estar nesse exato momento em 800 metros cúbios e nas próximas 24 horas chegará a 744", alerta ele, que repassou o comunicado do Ceste aos clubes náuticos, Marinha, Suzan, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), além das balsas que fazem a travessia do rio em vários pontos.
Ele ressalta ainda que reforçou o comunicado por meio da imprensa, principalmente os veículos de comunicação de televisão e rádio para alertar à população sobre esse problema no rio Tocantins. "Os lagos de Serra da Mesa, Lajeado e de Estreito estão em situação de emergência, ficando abaixo do nível recomendado, necessitando de chuvas para retornar ao patamar normal", frisa.
Chico do Planalto observa que "essa medida foi autorizada pela Agência Nacional das Águas (ANA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Estado do Tocantins". "A hidrelétrica de Estreito deve trabalhar apenas com 744 metros cúbicos por segundo, saindo do nível de mil metros cúbicos. No domingo, no período da tarde, avaliamos que no trecho da pousada Lyon ao Imbiral, o rio Tocantins está praticamente indo para 'o caixão'", lamentou.
A tendência, completa o chefe da Defesa Civil, é que o nível do rio deverá baixar mais de dois metros nestas próximas semanas prejudicando a navegação de embarcações e a comunidade ribeirinha. "Já começou aparecer inúmeros bancos de areia, pedrais e o corredor de navegação inviabilizado para o transporte náutico", finalizou. Gil Carvalho [ASCOM]
Publicado em Cidade na Edição Nº 15718
DEFESA CIVIL ALERTA: Nível do rio Tocantins baixa e inviabiliza navegação de embarcações
A hidrelétrica de Estreito deve trabalhar apenas com 744 metros cúbicos por segundo, saindo do nível de mil metros que é o considerado mínimo para navegação
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