Hemerson Pinto
“Aproveitei a manhã deste sábado para comprar o presente para meus filhos darem ao meu pai. À tarde, o comércio vai ficar aberto e eu vou aproveitar e trazer minha esposa, que agora está no trabalho, para comprar os presentes para os meninos darem ao pai dela. Fazemos assim todos os anos”, disse o vendedor de lanches Francisco de Assis. Quanto ao presente dele? “Ouvi uns cochichos lá por casa, acho que vai sair alguma coisa (risos)”.
Como fez Francisco, muita gente aproveitou a manhã do sábado para ir até o Centro de Compras Calçadão garantir o presente do “velho”. Camisas, tênis, sapatos, carteiras, cintos, óculos solar, relógios, aparelhos de celular, estavam entre os presentes favoritos. “Meu pai é apaixonado por óculos escuro. O dele quebrou mês passado. Aproveitei a data para dar um de presente”, comenta a auxiliar de escritório Amanda Costa.
Além do setor Calçadão, que ontem funcionou até as 18h, o movimento cresceu em lojas das ruas Simplício Moreira, Sousa Lima e da Avenida Getúlio Vargas, também nas proximidades do Calçadão. Quem escolheu os shoppings aproveitou o funcionamento até às 22h. Contando com aquecimento das vendas na véspera do Dia dos Pais, até o vendedor de cintos e carteiras apostou em promoções. “Se comprar o cinto e a carteira, eu dou um par de meias”, explicou José Soares.
Cemitério – Na data especial os pais que já partiram também são lembrados. O cemitério Campo da Saudade recebeu visitas de pessoas que reservaram parte da manhã de sábado para encomendar limpezas dos túmulos onde são sepultados os pais. Quem agradeceu foi a zeladora identificada como Raimunda.
“Eu trabalho limpando cova tem uns 30 anos. Na véspera do Dia dos Pais o movimento não é grande como na véspera do Dia das Mães, mas dá pra ganhar um pouquinho mais que nos dias comuns. Sem falar que tem gente que encomenda limpeza e passa meses sem vir olhar como ficou. Quando é nessa data aparece pra pagar os meses atrasados e mais alguns pra frente”, diz, enquanto zela o canteiro de um túmulo.
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