Dias de muita dança! Assim se resumiram as tardes dos usuários do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) que durante a semana participaram de uma Oficina de Dança Inclusiva, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, em conjunto com o coreógrafo, Elton Lima, parceiro da entidade.
Para a coordenadora do CRPD, Viviane Dacon, o objetivo principal da oficina foi promover a inclusão social dos beneficiários, numa pequena contribuição para romper barreiras impostas, muitas vezes, pela sociedade. “Com a oficina nós tivemos a oportunidade de demonstrar que eles são capazes e que podem se inserir nessa parte cultural, pois em muitas situações eles não têm acesso a algumas atividades. Com essa ação nós reforçamos ainda que eles podem ser ativos e aprender muitas coisas”, destaca.
Precursor na modalidade de dança inclusiva em Imperatriz, o instrutor e coreógrafo Elton Lima, explica o que foi trabalhado durante a oficina. “A oficina abordou cinco temáticas para facilitar no aprendizado e na coordenação motora. Conceitos e técnicas da dança a dois, adaptadas para a dança inclusiva com técnicas de condução, lateralidade, emoção através do toque e dos sentidos e a dança para todos os tipos de deficiência”, esclareceu Elton.
Débora Santos Herênio, de 19 anos, é deficiente visual, frequenta o Centro de Referência há cinco anos e reforça o quanto a dança é importante para melhorar na coordenação motora e no aprendizado de novos movimentos.
“Achei que a oficina de dança contribuiu muito para aperfeiçoar meus movimentos, me dar mais controle nos meus passos e me ajudou a aprender novos passos. A dança já fazia parte da minha vida, eu já sabia dançar, aprendi até dançar tango e outros tipos de dança com o professor Elton. Por isso, a oficina foi ótima, gostei muito porque a dança é muito importante para mim”, relatou Débora.
A dança inclusiva é um projeto que já está no plano de ação da coordenação do CRPD para se tornar uma atividade fixa em 2014. “A nossa pretensão é poder desenvolver essa atividade de forma regular aqui no Centro, assim como, estendê-la a todos os beneficiários do CRPD, contemplar realmente todo mundo que frequenta a casa, aumentando o número de pares que tivemos nas aulas, que foram apenas vinte, para muitos mais. Estamos empolgados e envolvidos nesse projeto”, finalizou Viviane Dacon. (Sara Ribeiro - Ascom)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14856
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