Os alunos da segunda turma de Medicina da UFMA deram início, na última segunda-feira (8), às primeiras atividades referentes ao segundo semestre de 2014. A visita às Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Vila Nova e Vila Fiquene teve como proposta apresentar um pouco da realidade local e esclarecer como será a metodologia do novo modelo do curso de Medicina.
A programação teve início em sala de aula. A coordenadora do curso, Walquíria Lemos, apresentou aos alunos o corpo docente e esclareceu dúvidas sobre a organização curricular e módulos. Apresentou também um breve histórico do curso de Medicina da UFMA, exibindo o site institucional e o Sistema integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA).
Os acadêmicos aproveitaram as visitas às Unidades Básicas de Saúde para conhecer as dependências e sanar dúvidas com enfermeiros a respeito da dinâmica de funcionamento. Para a enfermeira e diretora da UBS Vila Fiquene, Samila Cristina, o curso de Medicina é um ganho para a cidade. Em sua visão, o modelo adotado traz a possibilidade de enriquecer os futuros profissionais, aproximando-os das comunidades em que atuam. “Esses alunos vão contribuir positivamente com a comunidade. Vêm para ajudar e já é uma melhoria na saúde pública. Eles serão muito bem-vindos”, afirmou.
Liwerbeth dos Anjos Pereira, 21 anos, mudou-se de sua cidade natal, São Luís, para seguir o sonho de estudar Medicina. Após três tentativas frustradas de aprovação no vestibular e dedicação de quase um ano para outro curso superior, recebeu com alegria a notícia da aprovação na UFMA. Ele explica que a aproximação dos estudantes com os problemas sociais é uma iniciativa interessante para os graduandos e sociedade. “Essa aproximação com a comunidade vai proporcionar a formação de melhores médicos, e quando se forma melhores médicos, a atenção à saúde se torna melhor, de mais qualidade”, completou.
O modelo de curso adotado pelo Campus de Imperatriz visa sensibilizar os alunos desde o primeiro período a ter um contato maior com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com a comunidade em geral. “Desejamos que eles tenham desde cedo aquele sentimento de retribuição em relação à sociedade. A gente pretende, aqui no nosso curso, formar profissionais que tenham em primeiro lugar uma responsabilidade com o país, com os cidadãos”, destacou a coordenadora Walquíria Lemos. Para ela, o grande diferencial do curso está em formar médicos com maior humanização, sensibilização, conhecimento dos problemas reais da população em que estão inseridos e uma melhor visão da realidade atual do país.
Novo modelo de curso
Fundamentado na proposta nacional que vem sendo adotada pelo Governo Federal, o novo modelo do curso de Medicina tem como objetivo ampliar o número de médicos que prestam serviços na saúde da família, atenção primária e prevenção de doenças. De acordo com o novo modelo, o estudante será orientado a observar a realidade local e ter um contato mais significativo com a comunidade em que estiver inserido.
O Ministério da Educação (MEC) resolveu reestruturar o currículo devido a necessidade de mais médicos em regiões que sofrem de atenção médica, como o Maranhão. O modelo pretende fazer com que o acadêmico de Medicina se familiarize com o SUS e que esteja inserido na realidade local desde o primeiro período, dando retorno à população.
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