Até o próximo dia 28, todas as Apaes do Brasil realizam ações da Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, que este ano discute direitos, necessidades e realizações da pessoa com deficiência. Na tarde dessa quarta-feira, 23, as crianças da unidade de Imperatriz puderam usufruir de um dos direitos fundamentais de todos os cidadãos: o lazer.
Diante das telonas de um cinema da cidade, as crianças tiveram seus lugares reservados na sessão matinê. “Dessa vez não trabalhamos com sessão exclusiva. As crianças da Apae tiveram seus lugares guardados, mas a sala estava aberta ao público. Queremos promover a inclusão e, pra isso, todo mundo tem que estar misturado, sem exceção”, garantiu o gerente de marketing do empreendimento, James Pimentel. As crianças menores receberam um passaporte para usufruir dos brinquedos do shopping.
A campanha – A campanha foi desenvolvida a partir da luta de vida da pessoa com deficiência, que registra uma história de lutas e enfrentamentos. Enquanto no século XIX conviviam em instituições residenciais e sob os estudos médicos, o século XX foi marcado pela desinstitucionalização de atendimentos dessa natureza e, ao mesmo tempo, pela institucionalização da educação especial, quando surgiram as escolas e classes especiais.
Nos anos 70, sob a lógica “o deficiente pode aprender”, conforme Glat (2007), na busca pela efetiva participação da pessoa com deficiência no mundo educacional, a educação especial foi direcionada por outros princípios políticos, filosóficos e científicos, influenciam premissas básicas para suas ações. Nessa época, sob a lógica “o deficiente pode se integrar na sociedade”, buscava-se a oferta de ambientes menos restritivos para sua educação, o que influenciou os textos normativos e outros caminhos, até se chegar à atualidade, influenciada pelos princípios e diretrizes da inclusão social, que tem desdobramentos nas políticas públicas diversas. (Com informações, Federação das Apaes do Brasil)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15951
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