Grandes são as conquistas alcançadas pelas mulheres no mercado de trabalho. Elas ocupam cargos no governo, tribunais de justiça, pilotam jatos, perfuram poços de petróleo e ainda cuidam da casa e dos filhos. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, as mulheres trabalham cerca de 5 horas a mais, por semana, que os homens. A “dupla jornada” feminina é cada vez mais frequente no mercado de trabalho e para conseguir dar conta de todos os compromissos e ainda se tornarem mães, as mulheres estão abandonando o mundo corporativo e abrindo suas próprias empresas.
Rosângela Mariano é uma delas. Esposa, mãe e avó, há 22 anos ela é dona do seu próprio negócio. Franqueada de uma marca nacional de cosméticos em Imperatriz, ela ainda comanda mais quinze lojas em oito cidades nos estados do Maranhão e Tocantins. Com mais de 130 funcionários, no ano passado ela foi agraciada com o prêmio Mulher Empreendedora 2015, outorgado pela Faculdade de Imperatriz, através do curso de Administração.
“No começo, não foi nada fácil. Os desafios de empreender em meados de 1993, em Imperatriz, com duas filhas pequenas e uma economia instável, era apostar no escuro. Mas eu acreditava que trabalho duro e dedicação, aliados a uma marca forte, só poderiam ser sinônimo de sucesso. Então, batalhei para transformar este sonho em realidade. Hoje sou imensamente grata, sobretudo a Deus, por todas as graças alcançadas e pelo sucesso do meu negócio”, comemora a empresária.
O empreendedorismo feminino é um fenômeno mundial que já nasce forte no Brasil. Hoje, mais de 5,5 milhões de brasileiras são donas do seu próprio negócio. Isso representa um percentual de 43% dos empreendimentos do país sob comando feminino, segundo pesquisa recente divulgada pelo Serasa Experian.
É importante ressaltar que mais desafiador que abrir um novo negócio é mantê-lo ativo e rentável. Essa tarefa Rosângela domina bem. Com a expansão de seus negócios a todo vapor, ela acaba de inaugurar duas centrais de distribuição, uma em Imperatriz e outra em Araguatins, no vizinho Estado do Tocantins, para abastecer suas lojas e revendedoras autorizadas. Ainda segundo o Serasa, os negócios liderados por mulheres possuem uma taxa de sobrevivência maior. Das empresas ativas comandadas por elas, 64% têm de 1 a 3 anos de existência e 74% de 1 a 5 funcionários, provando que são microempreendedoras numa fase muito produtiva.
Apesar de tanta dedicação ao trabalho, é no aconchego do lar que Rosângela recarrega as baterias. “Hoje eu aprendi a administrar meu tempo, dando a cada um a prioridade necessária. No início foi difícil conciliar, pois minhas filhas eram muito pequenas e dependiam muito de mim. Graças a Deus pude contar com o apoio integral do meu esposo e também da minha mãe, que sempre estiveram ao meu lado para dar todo suporte. Apesar da rotina agitada, eu sou muito família. Adoro ficar em casa, curtindo a minha netinha Gabriela. Os negócios são uma necessidade, mas a família sempre vem em primeiro lugar”, explica.
O autoconhecimento e compreensão do poder mental determinam o sucesso profissional das mulheres, é o que explica a Coach especializada em comportamento feminino, Adriana Carvallho. “Afinidade e talento podem projetar o início de uma carreira, mas a capacitação e o conhecimento técnico são os responsáveis pela solidez de uma empresa”, avalia a profissional.
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