Hemerson Pinto
Os condutores de veículos que trafegam com frequência pelas ruas Luís Domingues e Coriolano Milhomem reclamam do funcionamento dos corredores exclusivos para ônibus existentes nas duas vias. Um deles, mesmo com a sinalização, tem tirado a paciência de motoristas e motociclistas e provocado vários acidentes.
É o caso da faixa exclusiva para ônibus na Rua Coriolano Milhomem, Centro. Criada há muitos anos, dividiu a via de trânsito rápido em mão dupla (uma só para ônibus) no trecho entre a rua Urbano Santos e a Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa. São quatro quarteirões onde os ônibus do transporte coletivo podem circular pela faixa exclusiva.
“Fazendo uma contramão ‘legal’, permitida pela Secretaria de Trânsito e por outros órgãos, que nunca se importaram em mudar essa realidade e fazer com que esses ônibus cheguem ao Camelódromo e ao Terminal de Integração sem transitar na mão contrária, e uma faixa criada sem nenhum planejamento, que coloca em risco a vida de muita gente diariamente”, comentou o servidor público municipal que preferiu não se identificar.
O mesmo servidor contesta a existência da faixa e agora o reforço ou pintura da linha amarela “que demarca, deixa claro que naquele lado da via só os ônibus podem trafegar vindos da Urbano Santos para a Dorgival. Quando você vem pela Bom Futuro e para no semáforo, tem de se preocupar, quando o sinal abrir, com as duas mãos da rua, que só poderia ter uma e com a entrada para a Rua Delta, completando ‘cinco bocas’ ali. Lembrando que é proibido estacionar na Coriolano Milhomem próximo ao Hospital Regional, pois de um lado é a Marinha. Tem gente colocando carro na faixa do ônibus ao lado do Regional, sentido contrário aos ônibus. É difícil até explicar”, repudia.
Comerciantes e pessoas que frequentam o Camelódromo afirmam que o cruzamento da Rua Coriolano Milhomem com a Rua São Domingos (que a partir dali passa a ser João Lisboa) registra vários acidentes envolvendo ônibus e outros veículos. “Tem uma placa na São Domingos indicando que no cruzamento tem a passagem para os ônibus, mas os motoristas se confundem com a outra placa que diz que não pode entrar à direita. Então, o condutor pensa que não vem ninguém da direita, mas vêm os ônibus”, esclarece a autônoma Mayara Alves.
Na Rua Luís Domingues, a faixa exclusiva para ônibus também é contestada por muitos condutores. “Eu não vejo necessidade, é uma rua estreita e tem opções de conversões para a direita, ou seja: vou seguindo com meu carro pelo lado esquerdo, que serve para todos os outros veículos, e faixa de ônibus está ao meu lado direito. Se quero entrar à direita, corro sérios riscos de me envolver em acidentes, até porque os ônibus passam muito rápido. Agora tem uma faixa livre para eles”, diz o comerciante Paulo Araújo.
O PROGRESSO tentou contato com o secretário de Trânsito do Município, mas ele participava de uma reunião no momento em que foi procurado pela nossa reportagem.
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