Corredor não garante exclusividade para ônibus

Hemerson Pinto

Criado há cerca de 15 dias, o corredor para ônibus do transporte coletivo de Imperatriz, na Rua Luís Domingues, Centro, ainda não funciona exclusivamente para os veículos que operam o serviço. Na via estreita, o lado esquerdo foi definido como única opção para estacionamento. Uma faixa no meio pode ser usada pelos condutores. Na lateral direita o espaço para a circulação dos ônibus.
“É proibido estacionar no lado direito com a faixa criada para ônibus. Mesmo assim, a gente vê muitos condutores colocando carros na direita ainda, usando parte do passeio público. Já vi a Setran orientando os motoristas a retirar os veículos, os guardas ainda não multam, até 30 dias é a fase de orientar. Vai da consciência de cada pessoa. Agora, o corredor exclusivo não exclusivo. Todo mundo conduz carro e moto por ele e creio que vai ficar assim. A Setran precisaria de monitoramento eletrônico para fiscalizar com precisão. Isso não tem. Vai ficar apenas a faixa divisória, o que não é o suficiente”, diz o comerciante João Batista.
O objetivo do corredor para ônibus é melhorar a mobilidade urbana. São quase 120 mil veículos em Imperatriz. No centro da cidade o trânsito fica lento nos horários considerados de pico. Em alguns pontos a lentidão acontece praticamente durante todo o dia. 
“A própria Luís Domingues, ali entre a Simplício Moreira e a Coriolano Milhomem, é crítica. A faixa de ônibus, no meu ponto de vista, não ajuda em nada; pelo contrário, deixa apenas uma faixa para outros veículos, ou seja, menos espaço do que antes. E se me disserem que ela (a faixa de ônibus) vai poder ser usada por outros condutores, porque a Setran não vai ter como fiscalizar, então não é uma faixa para ônibus. Bem prático assim: ou é para ônibus ou não é”, argumenta o office boy Rafael Almeida.