Gil Carvalho
A implantação desde o mês passado do corredor de ônibus em algumas ruas da cidade está inserida na política municipal de mobilidade urbana que deve ser sancionada pelo prefeito Sebastião Madeira, esclareceu ontem à reportagem o vice-presidente da Câmara Municipal de Imperatriz, Esmerahdson de Pinho (PSDB).
Ele observa que a proposta de criação do corredor de ônibus é resultado da “ebulição do movimento deflagrado pela sociedade em 2013, fato que questionava a qualidade do serviço de transporte coletivo, explorado por meio de concessão através de duas empresas (VBL e Aparecida), cujo direito de exercê-lo é do município, mas que transferiu para a iniciativa privada”.
Pinho assinala que, de acordo com alguns indicadores nacionais, houve a renovação da frota dos ônibus coletivos em Imperatriz, considerado atualmente uma das mais novas do Brasil, porém esse fato não foi suficiente, gerando reclamação dos usuários em relação ao tempo de espera nas paradas.
“Defendo a ideia que cidade desenvolvida é aquela que o transporte público de massa trabalhe com eficiência. Pensando nisso, fizemos uma indicação que foi bastante discutida, sendo aprovada pela maioria dos nossos colegas”, disse ele, ao enfatizar que desde o mês passado começou a ser implantado o corredor de ônibus pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Setran).
Ele entende que “todo processo de mudança sofre trauma, rompendo o passado em busca da modernidade no transporte público, trabalho feito pelo legislativo em parceria com o Poder Executivo de Imperatriz”. “A nossa luta é fazer de nossa cidade um lugar cada vez melhor para se morar, começando pela ideia de otimizar o processo do transporte coletivo de passageiros”, frisou.
Especialista – Esmerahdson de Pinho ressalta que a proposta de implantação do corredor de ônibus foi exaustivamente debatida, inclusive junto aos diretores das empresas de transporte coletivo que trouxeram especialistas em tráfego que sinalizaram avanços no setor com a otimização em até 50 por cento do tempo de espera nas paradas de ônibus. “Esse gargalo tem sido verificado na região central, mas que deve ser amenizado através do corredor exclusivo de ônibus”, aposta.
Campanha – Ele observa ainda que “quando se muda o costume de uma comunidade é preciso realizar uma campanha de conscientização, visando orientá-la sobre a importância e necessidade desse projeto”. “Fiz esse levantamento nas grandes cidades que inicialmente sofreram resistências, mas depois culminou com a adesão; faltou essa campanha de conscientização, mas ainda está em tempo de desenvolvê-la”, concluiu.
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