Dema de Oliveira
Literatura de cordel, vulgarmente conhecida no Brasil como folheto, é um gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal. No Nordeste do Brasil, onde está a maioria absoluta dos cordelistas brasileiros, o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes.
Esse, por exemplo, é o caso do cordel ou folheto do poeta popular José Fernandes Ferreira, que está lançando em Imperatriz uma de suas obras de cordel: “As memórias de dois loucos”.
José Fernandes Ferreira já residiu em Imperatriz, onde deixou grandes amigos, como é o caso do também poeta Cícero Melo. Atualmente, está residindo em Aparecida de Goiânia, mas não deixou de vir a Imperatriz.
Nascido em Serra Branca, estado de Pernambuco, em 1955, José Fernandes, em suas obras, tem como destaque pelo menos oito grandes clássicos da literatura de cordel: Memórias de dois loucos, primeira e segunda edições; Rapaz que virou bode sexta-feira da paixão; Desafio de dois coquistas emboladores; Falcão azul e o gavião da mata, em tema de sextilha, Políticos e suas falsas promessas, PC e o escândalo do orçamento; O encontro de Funaro com Tancredo Neves; Peleja de dois repentistas em tema de sextilhas.
“Se você me fizer raiva
juro que te dou dois socos
se eu der um, quero dez
deixando aqui vocês moucos
só Deus quem vai me ajudar
para eu poder falar
das memórias de dois loucos”
Dessa maneira é que começa o livrinho de cordel “As memórias de dois loucos”, desse grande poeta popular José Fernandes Ferreira.
Homenageando o poeta Cícero Melo, José Fernandes assim expressou em um dos
seus versos:
“Grande poeta e escritor
de muito conhecimento
Cícero Melo é meu amigo
homem de muito talento
eu gostei de suas palestras
e de seus bons lançamentos”
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