Geovana Carvalho
O projeto Consultório de Rua (promovido pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Ministério da Saúde), presente em 92 cidades do Brasil, será implantado em Imperatriz. Usuários de drogas, alcoólicos e pessoas que pelos mais diversos motivos vivem nas ruas serão atendidos pelo projeto.
A coordenadora do projeto, psicóloga Nara Siqueira, afirma que o objetivo principal é levar atendimento médico e conscientizar os moradores de rua da importância da prevenção. Um ciclo de reuniões que serão realizadas no auditório do DST-Aids (CAPS – Parque Anhanguera) levará ao conhecimento da sociedade o “Consultório de Rua” e deverá propor parcerias. Na primeira reunião, realizada ontem, segunda-feira (26), estiveram presentes líderes comunitários, representantes de juizados, promotorias, secretários municipais e vereadores. O segundo encontro será no dia 30/09 e contará com a presença de comunidades terapêuticas, pastorais, igrejas, redes assistenciais e diretores de escolas. Para a terceira reunião, marcada para 03/10, serão convidados representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária, Polícia Federal e Bombeiros.
Nara Siqueira diz ainda que um mapeamento dos pontos onde os “moradores de rua” costumam se abrigar está sendo feito. A partir dele, uma equipe composta por psicólogo, assistente social, enfermeira, médico, agente de saúde e técnico em enfermagem fará o atendimento básico e os casos que apresentarem maior gravidade serão encaminhados para tratamento.
A coordenadora do projeto explica que, antes de os trabalhos serem iniciados, uma aproximação será feita para esclarecer aos moradores de rua sobre os objetivos do programa: “Faremos um trabalho de aproximação durante o dia, para informar do que se trata, e provavelmente à noite faremos o atendimento”.
Ronaldo Ferreira, redutor de danos da equipe de atendimento, terá a função de conscientizar os moradores de rua sobre os danos que causam a si e aos outros: “Nosso papel é fazer com que os danos que eles causam a eles e a outras pessoas sejam diminuídos, ou seja, conscientizá-los dos problemas que causam as drogas, a bebida...”. O redutor de danos diz ainda estar ansioso para começar a trabalhar no ‘Consultório’. “Já fazemos avaliação de campo, pelo orkut acompanhamos as experiências de outros municípios... vamos abordar com cuidado para que eles não se sintam constrangidos. Nossa principal missão é ganhar a confiança deles”.
A agente de saúde Raika Evangelista acompanhará o redutor de danos Ronaldo Ferreira e comenta que a equipe está sendo preparada para o trabalho nas ruas: “Meu trabalho também é fazer triagem, encaminhamentos e avaliação dos casos. Passamos por treinamento com a psicóloga. Nosso ‘psicológico’ também deve estar preparado para o trabalho”.
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