Construção às margens de riachos é contra a Lei

Obras cada vez mais comuns às margens dos riachos que cortam a cidade de Imperatriz. Em alguns casos, construções são levantadas sobre o leito. Pequenos comércios e até moradias improvisadas ameaçam o meio ambiente e podem ser derrubadas pela força das águas em possíveis enchentes.
A Defesa Civil do Município, juntamente com a Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, realizam há cerca de 15 dias um trabalho de fiscalização que tem o objetivo de notificar responsáveis por estas construções.
“As pessoas estão ocupando orlas dos riachos sem nenhum critério técnico. Assim, vão fechando a passagem da água e ocasionando problemas para elas mesmas”, declara o superintendente da Defesa Civil, Francisco das Chagas.
De acordo com o representante do Município, vários proprietários de construções já foram notificados e a qualquer momento poderão ser obrigados a retirar toda a estrutura que foi colocada sobre os riachos, ou às margens.
Uma preocupação é com a aproximação do período chuvoso. “Essas pessoas podem sentir o peso dessa barbárie no período crítico, de fortes pancadas de chuvas”, alerta o superintendente, referindo-se ao inverno, que este ano poderá ser rigoroso”.
Segundo a Defesa Civil, às margens dos riachos Capivara, Cacau, Santa Teresa, Bacuri, Do meio, entre outros, além da grota José de Alencar, passam por um processo acelerado de ocupação. “As pessoas estão aproveitando o verão, quando só riachos e grotas estão secos, para construir casas e pequenos comércios. Não pensam no que pode acontecer quando o inverno começar”.
No final de 2013 e início de 2014, moradores de bairros cortados por riachos em Imperatriz enfrentaram a fúria das águas durante fortes chuvas. Os que têm residências construídas próximas aos riachos, além do limite permitido por lei, foram os mais prejudicados.
Na manhã da última terça-feira, a Defesa Civil fez vistorias na Avenida JK, onde encontrou casa e construções irregulares, próximos ao riacho Capivara. Um barzinho em estrutura de madeira foi erguido recentemente sobre a água. Hemerson Pinto