Domingos Cezar
A administração do prefeito Sebastião Madeira herdou como um dos principais gargalos a construção irregular de casas nas margens e até mesmo nos leitos dos riachos que cortam a cidade, principalmente nos riachos Bacuri, Santa Teresa e Capivara. Essa irregularidade só ainda não chegou ao Cacau em face à atuação da Superintendência Municipal de Defesa e Proteção Civil, que intensificou a fiscalização.
As constantes ocupações de áreas urbanas, somadas à falta de planejamento por parte de administrações anteriores, foram as principais responsáveis pela invasão dos riachos, causando um enorme impacto ambiental aos ecossistemas. Casas e barracos foram construídos no leito dos riachos, obstruindo a passagem das águas, ocasionando as enchentes que causam prejuízo aos próprios moradores.
Por essas razões e tentando reparar essas irregularidades, a Superintendência Municipal de Proteção e Defesa Civil vem fiscalizando com suas equipes as novas construções feitas por pessoas que ainda teimam em fazê-las. De acordo com o superintendente municipal de Defesa Civil, Francisco das Chagas Silva, o Chico do Planalto, a administração municipal não mais permitirá essas irregularidades.
O superintendente garante, ainda, que todas as construções que foram feitas nos leitos dos riachos serão retiradas para que as águas possam correr livremente até o encontro das águas do rio Tocantins. “Esse é o caminho natural das águas que se avolumam com as chuvas que se intensificam no período invernoso”, afirma Chico do Planalto, ressaltando que, “caso não retiramos esses empecilhos, certamente ocorrerão as enchentes”.
Chico do Planalto observa, ainda, que não é apenas a construção de casas irregulares nos leitos dos riachos que causa as alagações. Mas também a falta de consciência ambiental de pessoas que teimam em jogar lixo nas ruas e até mesmo nos riachos, causando seu assoreamento e contribuindo ainda mais para obstruir a passagem das águas. “Com isso, inevitavelmente, teremos as enchentes que ocorrem durante o período chuvoso”, observa o superintendente.
A comprovação dessas irregularidades é observada em todos os riachos que cortam a cidade, mas principalmente no bairro do Bacuri, onde toda a extensão do riacho, que já foi profundo e piscoso, foi tomada por construções de todos os portes. Outro lugar, verifica-se parte da Avenida JK, cortada pelo riacho Capivara, tomada por dezenas de barracos e casas construídas nas margens e no leito do riacho.
Mesmo tendo contribuído para esse crime ambiental, ainda tem moradores que cobram do poder público que os riachos sejam limpos no começo do inverno visando evitar os alagamentos. No entanto, as próprias edificações por eles levantadas impedem a passagem das águas e os detritos que elas carregam, entre móveis velhos e lixos diversos jogados nos leitos dos riachos pelos próprios moradores.
Comentários