Raimundo Primeiro

As modernas organizações estão permitindo maior participação de seus colaboradores. Participação nas decisões por elas tomadas, obviamente. Ou seja, com o avançar dos tempos e, principalmente em decorrência do advento da tecnologia, as empresas perceberam o quão é fundamental a efetiva presença dos funcionários no dia a dia de suas atividades, ouvindo, sugerindo, mas, sobretudo, apresentando propostas. Participando das ações, de suas decisões. Melhor ainda: de seus processos de crescimento. Efetiva expansão.
Mesmo que, paulatinamente, as empresas perceberam e reconheceram o espírito empreendedor de alguns colaboradores, dando-lhes liberdade de criação. Empreender, como todos sabem, é arriscar, não ter medo de riscos. Resultado natural, porém: custos e erros, pois eles podem ocorrer ao longo do percurso. São necessários, entretanto. Às vezes, os acertos são precedidos de erros. Grande parte das invenções que melhoraram nossas vidas foram frutos da persistência de seus inventores, mesmo sendo geniais em suas áreas de trabalho.
Ressalto, todavia, que o empreendedor nato nasceu predestinado, isto é, com potencial e, sendo assim, deve ser instigado, ‘provocado’. O incentivo tem de acontecer por meio da presença real da sua corporação, nas ideias e projetos por ele apresentados.
Fazer acontecer o intraempreendedorismo tem de ser uma das principais prioridades das empresas contemporâneas, notadamente quando o cenário apresentado é o Brasil, que continua enfrentando uma crise econômica sem precedentes. 
Não há como contestar a revolução que o sistema (intraempreendedorismo) promoveu no meio empresarial, com ênfase para as grandes corporações, tendo em vista o uso adequado dos seus talentos, empreendedores que estavam ‘estacionados’, esperando o momento certo para o deslanche de suas mentes criativas. Já observei alguns em âmbito regional. Temos de tudo um pouco, por aqui... à cidade é constituída por uma gama diversificada de mentes criativas.
Em termos de Imperatriz, descortina-se um horizonte promissor para o intraempreendedorismo. A cidade presencia a chagada de diversos empreendedimentos. São empresas nacionais e internacionais que estarão atuando em distintas áreas, mas todas, evidentemente, ávidas pelo capital humano.
Colaboradores criativos, que almejam maior participação nos locais em que trabalham. Alguns deles, contudo, buscam mais: estão querendo colocar em prática o intraempreendedorismo, com presença expressiva no meio empresarial.
O professor, consultor e escritor americano Giffort Pinchot III, trouxe a baila o termo francês intrepreneur em 1985, ao pronunciá-lo pela primeira vez, que significa empreendedor ou empreendedor interno. A pronúncia aproximada é in-trapre-nêr. Portanto, Imperatriz e região, acredite, crescerão. Terão o auxílio da visão acertada de um significativo número de intraempreendedores. Já existem projetos, mesmo que incipientes, para os empreendimentos que estão acorrendo para a cidade e municípios circunvizinhos.
Apoiemos, portanto, os empreendedores internos. Imperatriz nasceu para empreender. A cidade aumenta o número de empresas baseadas na administração empreendedora, com a maiúscula participação de seus colaboradores, participando do processo de crescimento e decidindo sobre o futuro das mesmas, inclusive no tocante ao posicionamento delas no meio em que atuam. Lembro-me de Albert Einstein, quando ele afirma que ‘uma pessoa que nunca cometeu erros nunca tentou algo novo’. Olha, aí, uma máxima incontestável. Empreendedorismo na verdadeira acepção do termo.
Temos instituições instigadoras, que incentivam os novos empreendimentos, caso, por exemplo, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII). Temos, também, empreendedores natos. Cito, aqui, alguns deles: Atenágoras Reis Batista, o Teta, Francisco da Silva Almeida, o Chico Brasil, Ilson Mateus, do Grupo Mateus, José Almir, das Malhas Kids, Vilson Estácio Maia, das Óticas Maia, Euclides Viêra, da Maquisul, que veio do Paraná para ajudar a cidade crescer, por meio do seu arrojo e dinamismo empresarial, entre outros.
Os orientais, sempre eles, nos ensinando: ‘falhe sete vezes. Levante-se oito’. (provérbio japonês)

Excelente domingo e uma próspera e abençoada semana!