Celso Gonçalo destacou avanços das reuniões para o setor do arroz maranhense

SÃO LUÍS – Compras governamentais e aspectos práticos da importação e exportação da cadeia produtiva do arroz foram os temas centrais debatidos na 3ª reunião do Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), comandada pelo presidente do Conselho, Celso Gonçalo e pelo presidente do Sindiarroz, Jeremias Oliveira Gaspar na Casa da Indústria realizada na última terça (25/11).
A reunião contou com as palestras de Francisco José Cysne, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Luís Fernando Amorim Pereira, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes) e Fabiola Oliveira, da Intrading Global que falou sobre importação e exportação de arroz.
A intenção da reunião foi discutir com as entidades governamentais das esferas estaduais e federais a possibilidade da compra do arroz produzido preferencialmente no Maranhão pelas entidades. “Esperamos conseguir com essa união público e privado alavancar a cadeia do arroz já que geramos renda e emprego”, destacou o presidente do Sindiarroz, Jeremias Oliveira Gaspar.
O representante da Conab destacou que a entidade federal sempre realiza uma política de aquisição por meio de chamadas públicas e que conta com apenas dois pontos de armazenamento (São Luís e Imperatriz). “Hoje importamos arroz de diversos estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Precisamos melhorar a cadeia produtiva para termos no mercado arroz de qualidade e preço!”, destacou. 
O representante da Sedes destacou que a secretaria acredita na valorização do produto maranhense e que vai fazer um levantamento sobre a quantidade de arroz utilizado nos restaurantes populares do governo. 
“Uma das nossas ações com essa reunião é mapear junto às secretarias de Estado e aos órgãos federais a quantidade de arroz utilizado no Governo para que se possamos mensurar essa quantidade”, destacou o subsecretário da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca do Maranhão, Sérgio Delmiro.
Para o empresário e vice-presidente da FIEMA, Benedito Mendes, a cadeia produtiva do arroz passa por três gargalos: a questão tributária (que agora ganhou incentivos), a legislação ambiental que é interpretada de forma diferente pelos entes públicos (governo x municípios) e a falta de rodadas de negócios para viabilizar a compra de arroz maranhense.
Vale ressaltar que o Governo do estado concedeu 92% de crédito presumido, de modo que a carga tributária fique em 0,96% nas operações de saída da indústria de arroz maranhense e diferimento do imposto sobre entradas de bens do ativo imobilizado e sobre a aquisição de matérias-primas em operações internas e nas importações do exterior, dentro do Programa de Apoio à Industrialização e ao Fomento da Produção de Arroz no Estado do Maranhão.
“A nossa meta é estimular a produção maranhense de arroz que já chegou a ocupar o 2º lugar em produção e hoje tem a 5ª colocação na produção nacional com 255 mil toneladas de acordo com a safra de 16/17 da Companhia Nacional de Abastecimento e é o maior mercado consumidor do país”, destacou o presidente do Conselho da FIEMA, Celso Gonçalo.
Empresários produtores e beneficiadores de arroz de empresas filiadas ao Sindiarroz, secretários municipais de agricultura de Barreirinhas, Rosário e Arari, representantes da Sagrima, Sedes, Seinc, Famem, PDF/FIEMA e engenheiros agrônomos participaram da reunião.
O secretário de Produção e Abastecimento da Prefeitura de Arari, José Luiz Fernandes  Ribeiro que já trabalha com agricultura há mais de 20 anos ressaltou a importância da reunião que considerou propositiva e atuante. “Parabenizo a FIEMA, o Sindiarroz e o governo pela forma prática da reunião que já tem deliberações e proposições para de fato mudar o cenário atual”.