A reunião acontece apenas na próxima sexta-feira (26), mas a presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMMAM), Ivanice Cândido Lima, disse que o Conselho já tem sua proposta para as empresas que extraem areia no rio Tocantins. Segundo ela, o conselho vai exigir a adequação destes empreendedores à resolução que trata do assunto.
Ivanice deixa claro que a intenção da resolução não é impedir que os empresários executem suas atividades, porém eles terão de fazer isso respeitando ao meio ambiente e à população da cidade. “Nós não somos de maneira nenhuma contra o trabalho. Pelo contrário, nós vemos a sua importância, mas somos a favor da adequação e o direito de todos, que seja respeitado o direito dos empreendedores mas, também, o dos moradores daquela comunidade”, garantiu a presidente do conselho.
O COMMAM é um órgão deliberativo e consultivo. A ele cabe estabelecer normas e critérios para o controle da qualidade ambiental e para o licenciamento de atividades efetivas, potencialmente poluidoras ou que utilizam recursos naturais. O conselho é um órgão representativo da sociedade.
A população que vive próximo à área de onde a areia é retirada e por onde os veículos de transporte passam é a maior prejudicada pela maneira como o produto é levado até o seu destino. A saúde era uma das queixas destes moradores, que reclamam da ocorrência de doenças respiratórias causadas pela poeira produzida. Por esta razão, a resolução determina que os caminhões devem ser lacrados, não permitindo que a areia escoem por qualquer uma de suas bordas.
Outro ponto apontado por Ivanice é a poluição das ruas, já que os caminhões deixam rastros de areia por onde passam. “Os caminhões devem ter suas tampas vedadas e não podem transportar areia nem seixo molhado. Quando não há esses cuidados, acaba-se poluindo as vias públicas”, argumentou.
A infraestrutura da cidade também vem sendo danificada. As camadas de areia danificam o asfalto. Segundo a presidente do COMMAM, a ideia é contribuir, também, com a Prefeitura nesta área. “Muitos locais [por onde passam os caminhões] foram asfaltados e já não se vê mais o asfalto. Não tem município que consiga asfaltar para dar qualidade de vida para as pessoas se os empreendimentos que lá estão não fazem suas partes”, finalizou.
À reunião da próxima sexta-feira são aguardados o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, representantes da empresas que extraem areia e representantes do Ministério Público. (Comunicação)