Academia Imperatrizense de Letras instituiu Frei Manoel Procópio como patrono da Cadeira 33

O sacerdote Frei Manoel Procópio era da Ordem Carmelita, nascido no estado da Bahia, em 1810. No ano de 1849 foi contratado pelo governo do Pará com a finalidade de colonizar e doutrinar os povos indígenas na Colônia Militar de Santa Teresa, a ser fundada.

Também foi designado para exercer atividades idênticas no então presídio e Colônia Militar de São João do Araguaia. Porém, no final de 1851 e início de 1852, abandonou suas funções e subiu o rio Tocantins rumo ao desconhecido, vindo a fundar a Colônia Militar de Santa Teresa.
Por ter avançado muito atingindo terras maranhenses, a fundação da Colônia de Santa Teresa, hoje Imperatriz, suscitou desavença entre as províncias do Pará e Maranhão. Em 1856, Frei Manoel Procópio foi acolhido e nomeado, o primeiro vigário da então Vila de Santa Teresa.
Bastante versátil, Manoel Procópio, além de exercer o sacerdócio, foi educador, delegado de ensino e dono de uma propriedade rural, a Fazenda Soledade. Consta que ao deixar esta terra e a santa padroeira que trouxera consigo, desfez de todos os seus bens patrimoniais. Não se sabe que destino deu aos seus pertences.
Em 1879 deixou a Vila de Santa Teresa para morar em Carolina, onde viveu por três anos até 1882. Ao completar 72 anos, sentindo o peso da idade, resolveu embarcar para Bahia, sua terra natal, e faleceu em 1886. Foram 54 anos dedicados à propagação de sua fé.
Para reconhecer sua importância, a Academia Imperatrizense de Letras instituiu Frei Manoel Procópio como patrono da Cadeira 33, que tem como fundadora a professora Edna Ventura. (Domingos Cezar-Ascom)