Luciano Davanso aborda questão do monitoramento aos empreendimentos da cidade

Domingos Cezar

O Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMMAM) reuniu seus membros na tarde da última quarta-feira (9), quando tratou da questão de licenciamento e monitoramento ambiental. Conduzida por sua presidente, a bióloga Ivanice Cândido Falcão Almeida, os conselheiros elencaram vários problemas que serão encaminhados à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (Sepluma).
Na ocasião, o engenheiro Luciano Davanso Pechoto, representante do CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, no Conselho, ministrou palestra sobre licenciamento e monitoramento ambiental. Davanso informou que o licenciamento de empreendimento está sendo feito pela Sepluma, “entretanto o monitoramento não vem sendo feito como deveria”, disse o palestrante.
Luciano Davanso explicou como exemplo algumas empresas que fazem o licenciamento ambiental para retirada de areia do rio Tocantins. “A licença é para determinada área, mas o proprietário da empresa procura um lugar mais próximo da praia para que ele possa retirar a areia, de maneira irregular, mas sempre pensando nos lucros”.
De acordo com o engenheiro, um licenciamento regular, dentro das normas estabelecidas, consiste na realização de medições para verificar se determinados impactos ambientais estão ocorrendo. “Dimensionamos sua magnitude e avaliamos se as medidas de prevenção ou controle estão sendo feitas corretamente”, afirmou Davanso, propondo ao Conselho um monitoramento trimestral.
Na ocasião, a presidenta do COMMAM, Ivanice Cândido, informou aos demais membros que manteve audiência com o titular da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Jadilson Cirqueira, e este solicitou uma reunião com todos os membros do Conselho Municipal do Meio Ambiente, para tratar da compensação ambiental da empresa Suzano Papel e Celulose.
Sobre a empresa, o diretor-conselheiro da Fundação Rio Tocantins, ambientalista Domingos Cezar, que representa o COMMAM, na Rede de Percepção de Odor – POR, da Suzano, disse que tem participado de todos os encontros e seminários da POR, tanto os realizados no auditório do IFMA quanto os do auditório da empresa.
“Em face a essa nossa participação como um dos 30 membros da Rede, tenho acompanhado passo a passo o funcionamento da fábrica Suzano e posso garantir que monitoro constantemente o sistema de captação da água do rio Tocantins, bem como o ar, e até o momento não detectamos nenhum problema de ordem ambiental”, disse Cezar aos demais companheiros do Conselho.