Em reunião realizada na tarde da última segunda-feira (25) por intergestores do Comitê Bipartite, em São Luís, no qual Imperatriz tem assento, foi aprovado o credenciamento dos serviços de quimioterapia e radioterapia na rede pública de saúde de Imperatriz. Com isso, o tratamento de câncer fica completo, não precisando que o doente busque tratamento fora do município.
Essa é mais uma vitória do prefeito Sebastião Madeira e da secretária municipal de Saúde, Conceição de Maria Madeira, que tanto lutou para que esse serviço fosse implantando objetivando atender à demanda que a cada dia aumenta na área de Oncologia. Nessa luta, a secretária destaca alguns parceiros, entre estes a direção da AMPARE - Associação de Amparo aos Portadores de Câncer da Região Tocantina.
"A luta está apenas começando, mas podemos constatar que houve também avanços com aprovação da parceria com o governo do estado e para que possamos funcionar plenamente, falta apenas a parceria do governo federal que já nos foi garantida pelo ministro Alexandre Padilha em sua visita a Imperatriz", comemora a secretária Conceição Madeira, ciente das conquistas da pasta que dirige.
O primeiro passo para a implantação da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) de Imperatriz foi dado em julho de 2013 com a inauguração do departamento para tratamento de pacientes com câncer no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI).
A Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), por meio da administração do Hospital Municipal, realizou a reforma e a readequação de 15 leitos que servirão para o atendimento de pacientes oncológicos, além de dois consultórios e uma recepção. As adequações foram feitas de acordo com as normas políticas da Rede de Doenças Crônicas da Oncologia definidas pelo Ministério da Saúde.
O projeto de oncologia para Imperatriz abrange a parte hospitalar - tratamento e Atenção Básica - e prevenção. Já foi encaminhado ao Ministério da Saúde (MS) o laudo da vistoria feita nas dependências do HMI pela Secretaria Estadual de Saúde e Vigilância Sanitária. A partir da disponibilização dos recursos, todo o tratamento de câncer, de quimioterapia, radioterapia e cirurgia poderá ser feito em Imperatriz.
Hoje, o tratamento público do câncer na cidade é incompleto, já que só conta com a quimioterapia realizada no Hospital São Rafael graças a um convênio com o Governo do Estado. Tal situação faz com que pessoas, até mesmo de baixa renda, tivessem que se submeter ao tratamento de quimioterapia e radioterapia em outros centros, aumentando assim as despesas com o tratamento.
Essa deficiência no tratamento desse mal na cidade tem prazo para acabar. A Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) criou recentemente a Unidade Oncológica que tem à frente o oncologista Gumercindo Filho, que vai começar a realizar tanto a quimioterapia como a radioterapia. Com isso, não será mais preciso o deslocamento dos pacientes para outros centros.
O serviço vai funcionar no Hospital Municipal de Imperatriz numa ala já devidamente preparada. Falta somente, segundo a secretária Conceição Madeira, pequenos detalhes burocráticos para que o sistema de saúde passe a ofertar esse serviço. Um avanço para a cidade, um alívio para muitas famílias.
A parte preventiva já funciona bem na cidade e não resta dúvida de que essa Unidade Móvel, toda equipada (que não caiu do céu), vai contribuir muito para melhorar e agilizar o diagnóstico e encaminhar os pacientes para o tratamento.

Unidade móvel
O ônibus é do tipo dois pavimentos equipado com sala de recepção, quatro consultórios, centro cirúrgico, sala de mamografia, sala de pequenos procedimentos e uma sala de coleta de prevenção (exame Papa Nicolau), além de um elevador para cadeirantes.
É disponibilizado nesta unidade atendimento com Mastologista, Ginecologista, Urologista, Cirurgião Geral, Dermatologista, Oncologista, Enfermeiro, Técnico em Enfermagem, Técnica em Radiologia e Assistente Administrativo. A Unidade atuará na prevenção do câncer de pele, colo do útero, mama e próstata.
De acordo com a coordenação, a unidade passará por todos os bairros de Imperatriz, priorizando as áreas mais carentes, onde as pessoas têm menos acesso aos serviços de saúde no que se refere à prevenção e tratamento oncológico. (Maria Almeida/Domingos Cezar/ASCOM)