Reunidos na última quinta-feira, acadêmicos tratam das ações da AIL

Domingos Cezar

Uma comissão composta pelos acadêmicos Ribamar Silva, Adriana Moulin de Alencar Picoli e Tereza Bom-Fim apontou em relatório, na assembleia de quinta-feira (5), as três obras que concorrerão ao Prêmio AIL - 2018. Sete autores estavam concorrendo, mas apenas as três receberão o selo de qualidade  da Academia Imperatrizense de Letras - AIL.
O Prêmio Literário da Academia Imperatrizense de Letras, assevera a Comissão Avaliadora, "é a maior premiação da história literária de Imperatriz, constituindo-se em um recurso incentivador da produção literária em nossa região e promotor da produção editorial, preservando, dessa forma, o patrimônio cultural e literário".
A comissão realizou um trabalho criterioso analisando o projeto editorial e gráfico; formato, design, a gramatura do papel usado, fonte escolhida, cor e textura e, principalmente, o texto. Os três apontados foram: Marilândia - Vale de sonhos e lágrimas (romance), de Livaldo Fregona; O 18º Andar (novela), de Marcos Fábio Belo Matos, e Um lugar chamando São Salvador (contos), de José Raimundo Rodrigues Amorim.
De acordo com o relatório da Comissão, "a obra de Livaldo Fregona chega aos olhos daqueles que apreciam uma leitura carregada de emoção. A cada capítulo o autor revela a sua alma italiana desfazendo-se em sentimentos - dos mais melancólicos aos mais esfuziantes - como bem cabe a um legítimo descendente de italianos. O autor conta uma história dos percalços enfrentados por uma família de imigrantes italianos ao colonizarem as terras capixabas".
Sobre a obra de Marcos Fábio, a Comissão observa que "a leitura de O 18º andar prende a atenção do leitor por ser um texto fluente, leve. O autor trata de questões sociais, políticas e de complexas relações familiares de modo inteligente, perspicaz, sem rodeios, antenado com os dilemas dos jovens e o jeito internetês de se comunicar. São dezoito capítulos bem encaixados com o título, com o número do andar em que ficava o apartamento 1801".
"Uma narrativa que impressiona pela capacidade do autor de trazer tão vivas lembranças e que, com tamanha propriedade, é capaz de narrá-las". Sertão do Maranhão narra sobre a obra Um lugar chamado São Salvador, acrescentando: "Uma prosa poética capaz de resgatar nos corações nordestinos e nos apaixonados pelo nordeste, os aromas e sensações há muito encobertos pelas brumas do tempo".
Criado pela Lei Municipal No. 816/97, o prêmio no valor de R$ 5 mil será entregue dia 27 de abril, por ocasião da festa do 27º aniversário da Academia imperatrizense de Letras - AIL, pelo prefeito Assis Ramos, ou seu representante. Os acadêmicos têm assembleia marcada para o dia 19 de abril, quando escolherão o livro que receberá o Prêmio AIL - 2018.