Raimundo Primeiro
Em virtude do feriado da Semana Santa, o comércio de Imperatriz não vai funcionar no fim de semana. Ou seja, as lojas encerrarão suas atividades às 18h de quinta-feira, 2, e só reabrirão às 8h de segunda-feira, 6 de abril.
Os horários obedecem a Convenção Coletiva de Trabalho (CVC), assinada entre os sindicatos dos patrões e dos trabalhadores no comércio de Imperatriz.
A Convenção Coletiva de Trabalho dos sindicatos do Comércio (Sindicom) e dos Comerciários (Sincoimp) diz que “serão considerados como repouso remunerado os dias em que os estabelecimentos permanecerem fechados”.
As perspectivas de vendas para o comércio durante a Páscoa 2015 não são as melhores para o comércio brasileiro.
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), órgão vinculado à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), prevê queda de 2,5% nas vendas parceladas entre 29 de março e 4 de abril, em comparação com o mesmo período do ano passado, ou seja, 13 e 19 de abril.
De acordo com as instituições, se as expectativas se confirmarem, as vendas devem apresentar a primeira queda em seis anos. Nos anos anteriores, as vendas registraram crescimento de 2,55% (2014), 5,31% (2013), 4,84% (2012), 7,26% (2011) e 4,50% (2010).
Os dados, segundo os economistas do SPC Brasil, são reflexos do desemprego, do baixo crescimento da massa salarial, do aumento dos juros e da alta da inflação.
Em termos de Imperatriz, o comércio vem registrando queda ao longo dos últimos dias, conforme enquete feita entre lojistas de vários setores da atividade econômica local.
A tendência é continuar em queda, tendo em vista o reajuste dos preços, principalmente, de produtos constantes da cesta básica. Até mesmo nos principais supermercados da cidade, houve diminuição em relação à visita de compradores.
A reportagem percorreu alguns estabelecimentos comerciais da área central de Imperatriz e verificou in loco que a crise financeira também chegou ao comércio da cidade, fazendo com que lojistas realizem ações estratégicas de incentivo às vendas, despertando a atenção dos consumidores.
“Estou percorrendo o comércio, já entrei em algumas lojas e, agora, aqui, estou querendo levar os produtos para o almoço especial de domingo, com a família, em comemoração à passagem da Páscoa”, contou a dona de casa Marta Ferreira, residente no bairro Mercadinho.
Mesma ideia teve Mônica Sousa, moradora do bairro Bacuri, quando decidiu ir até ao supermercado para, segundo ela, “comprar ovos de Páscoa e os produtos para o nosso almoço de domingo”, acrescentando que os produtos estavam elevados. “Os preços estão lá em cima!”, exclamou, concluindo.
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