Belinha vende coroas de flores nas vésperas do dia 02

O dia 1º de novembro também é marcado pela movimentação nos cemitérios de Imperatriz. A visita feita por pessoas que buscam os serviços de pinturas e limpezas dos túmulos dos entes queridos desperta em vendedores de lanche, velas e coroas de flores o interesse em começar a faturar nos cemitérios na véspera do Dia de Finados.
A artesã Belinha Silva Reis sabe aproveitar o dia que antecede as visitações aos cemitérios e expõe, logo no início do dia 1º de novembro, as coroas de flores artificiais. Os produtos ela traz do município de João Lisboa, onde mora, a cerca de 12 quilômetros de Imperatriz.
Na calçada do cemitério Campo da Saudade ela vende as menores pelo preço de R$ 15 e as maiores por R$ 50. “Vendo em Imperatriz hoje, dia primeiro, mas Dia de Finados eu vendo em João Lisboa mesmo”, explica a artesã.
“Quando as pessoas vêm comprar e, se disserem que está caro, eu pergunto se a pessoa gostaria de dar a ele um presente caro. A pessoa fala que gostaria, então eu explico: quando você compra uma coroa, talvez você nem possa dar uma coroa cara, mas você tem o desejo de oferecer a mais bonita, então você está presenteando uma pessoa. É uma homenagem”, comenta a vendedora, divulgando uma das abordagens usadas para despertar o interesse do cliente que ainda está em dúvida.
Este ano a vendedora de coroa de flores usadas para decorar túmulos afirma que levou ao cemitério Campo da Saudade apenas 50 exemplares, devido ao preço alto do material. “Está mais caro, talvez por isso este ano a venda esteja um pouco mais fraca”, diz.
Do lado de dentro do mesmo cemitério, o vendedor de lanches Valdir Ferreira explica porque escolheu o espaço entre os túmulos para vender refrigerantes, água e bolo. “Aproveito aqui desde o dia 31 de outubro, aqui dentro, porque tem sombra e posso ficar tranquilo, é bem ventilado”, justifica, comentando que a clientela formada por visitantes e pessoas que estão trabalhando no local não se incomoda em comer dentro do cemitério.
De acordo com o vendedor, por volta das 22h do dia 1º de novembro, é possível notar a presença de vendedores de velas, coroas e comida chegando ao cemitério Campo da Saudade, bairro Santa Inês, para marcar lugares onde desejam instalar suas barracas. “Mas quem vende como eu, dentro do cemitério, Dia de Finados tem que ficar do lado de fora”, explica. (Hemerson Pinto)