Estimular a capacidade de análise e a criatividade. Esse é o objetivo da I Interferência Poética COC. O evento acontece na próxima sexta-feira (8), durante o intervalo da aula, no pátio da escola. Antecipadamente, cada aluno recebeu a frase “Quem com ouro fere?”, do poeta concretista Arnaldo Antunes. A intenção é que eles realizem qualquer produção (texto, poesias, pinturas) que dialoguem com a obra.
“O objetivo é instigar a criatividade dos alunos. É provocar. Estimular o aluno a pensar e a produzir desenhos, contos, poemas, pinturas. Não determinamos uma forma para dar liberdade de expressão. A arte é assim, livre”, explicou o produtor de eventos do COC, Axel Brito.
De acordo com ele, a escolha do texto se deu devido ao seu caráter sugestivo – que dialoga com a ideia da Interferência Poética: analisar o poema e reforçar ou dar um novo significado a ele. “O poema dimensiona o criativo e sugestivo. É uma releitura de um ditado popular. Mudou-se apenas uma palavra que lhe deu um novo sentido”, acrescentou.
Mais sobre a Poesia Concreta – Surgiu com o Concretismo e ganhou força, no Brasil, em meados do século XIX. Na literatura, há uma valorização da forma e incorporação geométricas aos textos. Não há preocupações com a estética tradicional dos versos – que praticamente desaparecem.
As palavras ganham forma e ressignificações, com a exploração dos neologismos e dos aspectos visuais e semânticos. O marco inicial brasileiro do movimento é a publicação da revista “Noigrandes”, fundada por três poetas: Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. (Assessoria de Imprensa)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15071
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