Hemerson Pinto

A lei que dispõe sobre o exercício e fiscalização das atividades farmacêuticas é clara e diz que toda farmácia é obrigada a dispor de farmacêutico durante todo o horário de funcionamento. No mês passado, uma medida provisória relaxou a obrigação da presença deste profissional em micros e pequenas empresas, em cidades pequenas, o que não é o caso de Imperatriz.
Na segunda maior cidade do Maranhão, os clientes de farmácias preferem os estabelecimentos com presença de farmacêuticos. “Pode procurar por aí que você ainda vai encontrar farmácia que não tem esse profissional. A fiscalização existe, mas não pega todo mundo. Têm que fiscalizar direito, saber onde estão essas farmácias que não cumprem a lei”, denuncia uma proprietária de farmácia, que pediu para não ser identificada.
No setor Quatro Bocas, Geraldo dispõe de duas profissionais no estabelecimento. O plantão é dividido de forma que cada uma cumpra sua carga horária de serviço. Os clientes agradecem. “Eu vou na farmácia onde tem o farmacêutico. A maioria na cidade tem, mas se a gente não tiver cuidado ‘bate’ em uma que não tem. Eu tenho 76 anos, não posso e não devo tomar remédio por conta própria”, comenta o aposentado Francisco Cassiano.
“A fiscalização existe e funciona. Se chegar aqui na minha farmácia e não encontrar nenhum farmacêutico, vou ser questionado por isso. Se abro às 8h e fecho por volta de 20h, tenho que ter farmacêutico suficiente para o plantão. Isso é bom, pois força as farmácias a contratarem farmacêuticos, e de quebra, nossos clientes ficam mais satisfeitos”, afirma Geraldo Pereira, proprietário de farmácia.
O farmacêutico é o profissional, com curso superior na área, responsável por esclarecer aos pacientes sobre os benefícios e riscos dos fármacos e informar sobre possíveis interações medicamentosas.