A Rede Cinesystem Cinemas – empresa que opera mais de 100 salas de exibição de cinema em todo o Brasil, incluindo um multiplex em Imperatriz, anunciou o fechamento do investimento do Grupo Stratus - empresa brasileira de private equity com foco no middle-market - e também da gestora de fundos Hamilton Lane, dando sequência a ambicioso plano de crescimento e ao processo de abertura de capital.
A transação, contratada em 2012, prevê investimentos de R$ 350 milhões em cinco anos, para que a empresa consolide sua posição no grupo dos cinco maiores exibidores do País, com o total em torno de 350 salas de exibição. O aporte inicial de R$ 40 milhões resultará na implantação de um modelo de governança nos padrões do mercado de capitais, com os empreendedores alinhados aos investidores em modelo de controle compartilhado. O Fundo Stratus passa a deter 42% do capital da empresa, que terá a holding Agroup, liderada por Marcos Barros, na posição de maior acionista individual.
Fundada em 2003 por Marcos Barros, CEO da empresa, a Cinesystem é sediada em Maringá (PR), opera 106 salas em oito estados, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, e tem crescido principalmente em cidades de médio porte. Competindo com empresas multinacionais, a Cinesystem é pioneira em avanços tecnológicos do setor, como a implantação do autosserviço, a digitalização das salas de exibição e o sistema de som Dolby® Atmos™.
Perspectiva
O setor de exibição passa por um estágio muito positivo no mundo todo e no Brasil em particular, reafirmando posição de destaque entre as opções audiovisuais. As salas de cinema têm acompanhado a expansão já ocorrida no setor de shopping centers, além de trazer inovações tecnológicas que têm tornado a experiência do público mais interessante e ampliado a demanda. A despeito disso, o número de salas de exibição no Brasil está ainda muito aquém do potencial, mesmo comparando com outros países emergentes e os principais países da América Latina.
“Mais de 90% das cidades brasileiras não têm telas de cinema. O Brasil conta com número próximo de 90 mil habitantes por sala, indicando penetração muito baixa em relação ao México e Argentina, que têm, respectivamente, menos de 30 mil e de 40 mil habitantes por sala”, destaca Eduardo Oliveira, sócio da Stratus. “Analisamos este mercado por três anos, interagimos com várias empresas no Brasil e no exterior e ficamos impressionados com o plano da Cinesystem, pelo fato da empresa ser muito organizada e contar com equipe profissionalizada e competente”, acrescenta Oliveira.
Marcos Barros conta que a Cinesystem vinha crescendo a partir de uma estrutura inicial de várias empresas independentes, com uma pequena estrutura de serviços centralizada, e funcionou assim até 2012 e parte de 2013. “Gradativamente consolidamos essa estrutura e chegamos recentemente à configuração compatível com a entrada de um fundo e a abertura de capital. Passamos de 63 salas em 2011, para 80 em 2012, chegando até as 106 atuais. A previsão é termos 150 salas até o final de 2014, com aproximadamente 7,5 milhões de ingressos”, afirma.
Segundo o CEO da Cinesystem, o momento é de estruturar a governança e a base de capital para seguir crescendo de forma sustentável. “Contratamos com a Stratus em 2012 e vimos preparando os passos para o fechamento. Agora a Cinesystem quer ser a primeira empresa brasileira do setor com ações na BM&F/BOVESPA e liderar o crescimento do mercado, contando com o apoio da Stratus e do Hamilton Lane”, conclui Barros. (Assessoria Cinesystem)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14937
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