Aprender a amar representa um dos maiores desafios para todos nós. Amar um filho, então, nos faz trilhar uma jornada mais intensa e inquietante. Todos temos condições de vivenciá-la? Sim, mesmo que isso implique em uma batalha íntima, onde encaramos dilemas e dúvidas. É o que acena com muita delicadeza o filme iraniano “A cor do paraíso”, que será exibido pelo Cine Transcendental no próximo sábado, dia 9, às 20h, com entrada gratuita.
Dirigido por Majid Majidi, que também assina o filme Filhos do paraíso, a produção iraniana leva às telas, no sábado, a vida do pequeno Mohammad, de 8 anos, que passará as férias escolares na casa do pai, Hashem, da avó e das irmãs. O menino é cego, condição que faz o pai, que é viúvo, relutar em levá-lo para casa, pois alega não saber como ajudá-lo. Na escola, Hashem é orientado a ficar com o filho. Apesar do medo do pai, a família recebe Mohammad com muito carinho.
Porém, Hashem está prestes a casar novamente, por isso tenta esconder o garoto cego da comunidade onde moram, com receio da reação da família da noiva. A partir daí, diferentes sentimentos começam a demarcar a relação pai e filho: menino é alegre e curioso, o avesso do pai, depressivo e temeroso. O coração do pai é tomado por várias dúvidas: o filho é um peso ou uma oportunidade de amar? É necessário ficar sem o filho para ganhar a segunda esposa? O final de A cor do paraíso é surpreendente, o filme nos instiga a compreendermos mais as delicadas relações construídas no interior das famílias.
O Cine Transcendental é um projeto do Centro Espírita André Luiz (Rua Simplício Moreira, 2220, perto da padaria Santiago), onde ocorrem as exibições no segundo sábado de cada mês. A proposta é discutir a espiritualidade com a comunidade e debater sobre o sentido da vida. Não há cobrança de ingressos e para acolher os participantes são distribuídos pipoca e refrigerantes gratuitamente. Mais informações no  “http://www.facebook.com/cinetranscendental. (Assessoria)