Willian Marinho

O falecimento do empresário José de Ribamar Cunha, 82, ocorrido na manhã de domingo, no Rio de Janeiro, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e que será sepultado hoje em Imperatriz, teve ontem um dia de lamentações por parte de autoridades, empresários e amigos, todos consternados com a morte súbita do empresário. Fundador do grupo Viana, que inclui torrefação e moagem de café, além de trabalho na pecuária, agricultura, lojas, postos de combustíveis e imóveis, Ribamar Cunha veio para Imperatriz ainda nos anos 60. Como ele mesmo afirmou em entrevista, demorou oito dias para fazer o percurso entre Pastos Bons, onde nascera, e Imperatriz. “Vi que aqui seria a cidade do progresso e decidi ficar”, disse na ocasião.
Ontem, o prefeito Sebastião Madeira, de quem era amigo, manifestou em nota oficial lamentações pelo falecimento do empresário. “Venho, profundamente consternado, em nome da minha família e da população de Imperatriz, publicamente lamentar a morte do empresário Ribamar Cunha. Seu Ribamar, além de um grande empresário, foi um homem que representou como poucos o espírito de Imperatriz. O espírito de luta, superação e confiança no futuro. Nos unimos à família enlutada neste momento de dor”, afirmou.
A governadora Roseana Sarney, ao ser informada do falecimento do amigo, com o qual conviveu nas últimas campanhas eleitorais e aliado de primeira hora, divulgou, através da Secretaria de Comunicação, a seguinte nota: “A governadora Roseana Sarney recebeu com tristeza a notícia da morte do pecuarista e empresário José de Ribamar Cunha, ocorrida nesse domingo (9), no Rio de Janeiro, onde estava internado tratando as consequências de um AVC”.
Dono do Grupo Café Viana, Ribamar Cunha é pai do deputado estadual Léo Cunha e foi um dos grandes investidores na pecuária e na indústria na Região Tocantina. Com seu empreendedorismo, contribuiu com o crescimento de todo o estado.
“Lamento profundamente a perda de Ribamar Cunha, que sempre será lembrado por contribuir com o desenvolvimento econômico do Maranhão”, declarou a governadora, ao se solidarizar com a família e amigos do empresário.
Ainda no domingo, o pecuarista e ex-prefeito Franciscano, amigo de longas datas do empresário, a quem chamava de “Cumpadre”, estava visivelmente abalado e não sabia como falar sobre o assunto. “Não tenho palavras. Neste momento, ainda não consigo raciocinar direito. Meu amigo, com quem troquei informações, experiências, conselhos e homem correto, sério e um empreendedor. Não foi apenas a cidade que perdeu uma liderança, foi a própria região”.
O deputado Léo Cunha, ainda do Rio de Janeiro, onde estava acompanhando a tramitação da documentação ao lado dos irmãos Ribamar Cunha Filho e Edson Cunha, afirmou por telefone que “ainda não caiu a ficha”. “Cumpro o doloroso dever de informar aos amigos que meu pai faleceu. Foram feitos todos os esforços no sentido de que ele resistisse ao AVC. Infelizmente, apesar das tentativas, não houve êxito. Uma perda irreparável para todos nós da família, que há dois anos perdemos a nossa mãe e, agora, o pai. Agradeço as manifestações e que elas estão servindo de forças para que todos nós possamos reagir neste momento de dor”.
A vereadora Caetana (PSDB) também lamentou o ocorrido: “Lamentamos profundamente o falecimento do senhor Ribamar Cunha (Café Viana). Ribamar Cunha, grande homem, visionário e empreendedor que teve em sua história de vida e luta muitas conquistas e muitas destas conquistas se misturam com a história do dinamismo de nossa querida Imperatriz. Sabemos que neste momento difícil as palavras pouco confortam, são etapas da vida que nos custam sempre aceitar, mas eternamente ficam as memórias e infindáveis recordações. As nossas sentidas e sinceras condolências à família Cunha. É com muito pesar que expressamos nossos sentimentos e desejos de força para continuar a caminhada da vida”.
O ex-prefeito e atual secretário estadual de Cidades, Hildo Rocha, que manteve uma amizade com o empresário e pai do deputado Léo Cunha, disse que ficou bastante chocado com o falecimento de Ribamar Cunha, que nestes anos, como seu amigo, aprendeu a respeitá-lo, principalmente pela defesa que fazia de Imperatriz. “Seu Ribamar tinha uma história com a cidade de Imperatriz e não cansava de destacar o seu crescimento. Um grande homem, que foi um dos maiores incentivadores deste progresso pujante de Imperatriz. Minhas sinceras condolências à família Cunha, ao Léo e aos seus irmãos”, concluiu.