Domingos Cezar
A Cia. de Teatro Okazajo mostrou mais uma vez que veio para ficar, para brilhar e arrancar aplausos por esse Brasil afora. Isso ficou demonstrado, mais uma vez, quando a companhia teatral atraiu, no período de 4 a 7 de agosto, ao Teatro Ferreira Gullar, cerca de 1.600 pessoas, entre adultos, adolescentes e crianças, para assistir “Musicaos – Bastidores de uma comédia musical”, uma vez que a comédia musical tem classificação livre.
Foram, ao todo, oito apresentações, uma vez que foram realizadas duas sessões diárias, as quais atraíram em média 200 espectadores cada. Nunca na história do teatro de Imperatriz um grupo, ou companhia teatral, atraía tantas pessoas. Nem mesmo em meados da década de 70, quando a cidade trouxe por duas vezes o festival maranhense de teatro, com excelentes grupos de São Luís, conseguiu chamar a atenção de tanta gente.
O fenômeno Okazajo, na visão do cantor/compositor Zeca Tocantins, tem se desenvolvido em função dos textos, geralmente originados da cabeça do autor, ator e diretor, Rogério Benício, ou mesmo quando a criação é coletiva do grupo. “Os textos engraçados ou escrachados, enfocando a rotina de Imperatriz e adjacências, é que têm sido muito bem recebidos pelo público que passou a admirar o grupo”, diz Zeca.
A opinião de Zeca Tocantins deve ser levada em conta, uma vez que o cantor/compositor de belas canções iniciou sua vida artística como ator, integrando o grupo PRITEI – Príncipe Teatro de Imperatriz, também dirigiu e escreveu peças teatrais focalizando a “Princesa do Tocantins”, a exemplo da peça teatral de sua autoria denominada “Imperatriz por um triz”. A propósito, a Cia. de Teatro Okazajo também é admirada por membros de outros grupos teatrais.
Na plateia de estreia de Musicaos – Bastidores de uma comédia musical – a empresária e colunista social Valdelice Oliveira disse que há muito tempo não dava tanta risada. Acrescentou que adorou o trabalho dos artistas da Okazajo, tanto que entrou em contato com Wanderson Bandeira, diretor executivo da Companhia, com a intenção de levar a Companhia para realizar uma apresentação em Açailândia, onde reside e mantém seus negócios.
A estudante Raquel Crisóstomo, que reside em Açailândia, mas estuda em Imperatriz, também disse que ficou encantada com a comédia que a fez se divertir tanto. Raquel disse ter admirado o trabalho de todos os atores, porém garante que se divertiu muito com a personagem Mudinha. Por sua vez, Elizete Leite afirmou que assistiu à Companhia pela primeira vez e garantiu ter achado graça “até mesmo no final, quando eles vão apresentar as mensagens publicitárias”.
Rogério Benício, diretor, ator e autor, explica que praticamente todas as cenas se passam em um teatro velho e abandonado e narra a saga de grandes artistas de teatro, que durante 18 anos sonharam em estrelar um grande musical. “Até que um dia o antigo diretor retorna com um grande patrocinador decidido a estrear um antigo texto da companhia e a coisa termina acontecendo quase como todos planejaram”, assinala o diretor.
Elenco – O espetáculo, com texto de Rogério Benício, tem a direção do próprio Benício em parceria com Whallassy Oliveira, e conta ainda com os atores Yago Cortez, Ana Paula Ladeira, Adriana Kleine, Fernando Mello, Rafael Pinto, Jhonata Dias, Evaldo Lima, Thaísia Rocha, Felipe Dias, Raylene Costa e Elizângela Mendes.
A comédia musical deverá acontecer em novas temporadas em data ainda a ser estudada pela Companhia.
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